As ferramentas do carpinteiro

As ferramentas do carpinteiro tiveram uma conferência. O irmão Martelo ocupava o lugar de presidente. Na reunião foi informado de que deveria sair por ser muito barulhento. Respondeu ele: "Se tenho que sair e deixar esta oficina de carpinteiro, então a irmã Broca também tem de sair. Ela é tão insignificante que a ninguém impressiona".

A irmãzinha Broca ergueu-se e disse: "Está bem, mas então o irmão Parafuso deve também sair, porque o fazer ir ao respectivo lugar é necessário rodá-lo".

Agora era a vez de Parafuso falar, e isto foi a objeção dele: "Se vocês desejarem, eu sairei: todavia a irmã Plaina deverá sair daqui, uma vez que todo o trabalho dela é apenas na superfície, não tendo profundidade nenhuma ."

A isto a irmã Plaina replicou: "Bem, se eu for, a irmã Régua terá de ir-se embora, visto ela estar sempre a medir os outros como se fosse a única que é direita."

A Régua queixou-se da irmã lixa, argumentando: "Eu não me importo de sair daqui. Mas ela é muito mais áspera do que deveria ser, e sempre alisa as pessoas de forma errada."

No meio desta discussão toda entra o Carpinteiro Jesus de Nazaré. Ele tinha algum trabalho para fazer nesse dia. Pôs o avental e dirigiu-se à bancada para fazer um púlpito. Assim, usou o Parafuso, a Broca, a Lixa, a Serra, o Martelo, a Plaina e todas as outras ferramentas. No fim daquele dia de trabalho, quando o púlpito ficou pronto, a irmã Serra levantou-se e disse: "Irmãos compreendi hoje que todos nós somos cooperadores de Deus".

Oh, quantos de nós cristãos, somos como aquelas ferramentas! Afligimo-nos e preocupamo-nos porque os outros não fazem as coisas da maneira que nós pensamos que deveriam ser feitas.

Todas as acusações feitas às ferramentas eram absolutamente verdadeiras; no entanto, o carpinteiro usou todas elas e não houve lugar onde qualquer uma delas pudesse substituir a outra.

Quão cuidadosos devíamos nós ser em não procurar faltas em qualquer das ferramentas de Deus!.

Salmo 100: 2: Servi ao Senhor com alegria.

Esta fábula ouvi há muito tempo, não sei quem é o autor, e passo a citar , pois nela contém muitas verdades.

Carpe diem...

Antonio Magnani
Enviado por Antonio Magnani em 02/09/2024
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