SENHORITA FORMIGA
Senhorita formiga foi passear.
Estava cansada de trabalhar.
“Estou livre e intimamente disposta.”
Dizia ela. Neste dia, não queria saber de respostas.
Foi ver sua cigarra.
Que quando cantava achava que tinha muita garra.
O grilo a viu desfilando,
Despreocupada ia andando.
Ela com a cigarra teve sua serenata.
O som preencheu a mata.
A formiga não sabia cantar.
Sem a cigarra, ela era apenas um enfeite no altar.
Só servia para labutar.
Satisfeita e entediada,
Retornou a sua morada.
Cheia e vazia de pensamentos.
Tudo ao mesmo tempo.
Atravessou a rua, um elefante a pisoteou.
O grilo viu tudo e se espantou.
“Agora a cigarra vai ficar sem sua fã animada. Quem mandou não olhar para os dois lados.