Eu, Meu Sobrinho e os Guerreiros.

Eu, Meu Sobrinho e os Guerreiros.

Estava na cozinha bebendo uma taça de vinho Brunello Di Montalcino, quando meu sobrinho chegou.

- E meu tio? Preparado?..

- Diga Viní, estou!..

Começamos a conversar sobre literatura, histórias, gibis, entre outros. Entre um assunto e outro, tive uma sensação forte, era uma presença imponente, semi nú, que vinha do corredor interno. O corredor era estreito e comprido, devia ter uns 3 metros, olhei o ambiente e lá estava ele. 1.98 de altura, face dura de quem desde pequeno havia sido treinado nas arenas de morte. Logo pude indentificar a persona, era um Cimériano, seu nome:

- Connan. Cara você aqui! Como vão as coisas na Ciméria?

- O que você acha? Faz muito tempo que visitei meu lar, desde que fui tirado bem pequeno. Dai tenho vagado por terras distantes, fui corsário, e, roubei muito, sempre matando em nome de Crom.

- Ah! Me diga uma coisa. Cadê Bêlit? Por que não veio?..

Meu sobrinho atônito assistia a toda conversa.

- Bêlit morreu!..

- Sinto muito.

De repente meu sobrinho me pergunta:

- Meu tio, quem é?..

- Este é Connan. Este personagem fez parte da minha infância.

- Ah! Prazer! Meu nome é Vinícios.

Connan nem chegou a retribuir, vejo adentrar outro personagem.

- Que foi? É alguma reunião? O que faz aqui? Diz Connan.

O personagen era robusto como Connan, olhar feroz, colar de Marfim, um sotaque Atlântico, seu nome era Kull.

- Saudações Connan. Osvaldo.

- Diga ai Kull. O que o trouxe aqui?..

- Precisava vir. Tenho algo a compartilhar com vocês, mas, preciso esperar o outro aparecer.

De novo meu sobrinho pergunta:

- E este, quem é?..

- Este é o Rei Kull da Atlântida Pré-Cataclísmica. Ele é tão ardiloso quanto Connan.

Eu não tinha fechado a boca, surge na varanda da casa, aquele chapeu negro como a noite, o homem esguio com músculos definidos, lança o punhal em minha direção, então, eu pego devolvendo-a da mesma forma.

- Salomão Kane. Boa tentativa...

- E você continua com seus reflexos afiados quanto o punhal que te lancei.

- Então. Aprendi com os melhores.

- Bem, Kull solta o verbo. Você chamou-me por qual razão?..

- Meu tio, e agora, também?..

- Sim! Este individuo é Salomão Kane. Espadachim de primeira, sem falsa modéstia, ótimo com os punhais e armas, exímio estrategista. Me livrou de muitas na minha juventude.

- Ok. Não sabia que o senhor tinha o poder de interagir com personagens de gibis.

- Viní. Todos nós temos este poder! Quando não deixamos a nossa infância morrer, quando não ignoramos a crença de tornar possível tudo que quisermos, principalmente, quando ornamos a vida real com possíveis aventuras de um tempo oblíquo ao desejo de criar.

Todos acenaram com a cabeça afirmando o dito, quando Kull falou:

- Ok. Foi lindo, mas, tenho pressa.

- Diga logo então. Disse Connan.

- Eu estava vindo pra cá e deparei-me com uma velha bruxa. Ela usava uma indumentária esquisita, e, disse-me que, Thulsa Doom, Salomé e outros teriam aprisionado Bran Mak Morn.

- Como poderia ser? Bran, não é tão simples de pegar.

- Infelizmente temo que seja verdade. Nas minhas idas e vindas pela Europa, esse boato tem-se ficado mais notório.

- Mais como? Você conhece aquele Picto. Não é facil. Kane.

- Uma Walkiria o embebedou-o provavelmente.

- Chega de tantas perguntas. Quero saber se vocês vão ajudar a liberta-lo e se vocês dois podem ajudar.

- Claro!..

- Espere ai meu tio. Como podemos ajudar. Não somos guerreiro, nem temos armas a altura.

- Humano de pouca fé!..

- Para você é fácil! Já esta acostumado a batalhas. Sou um adolescente, tenho 18 anos apenas, e, nem sou da epoca de vocês.

- Calma Viní!..

- Meu tio, como ter calma?..

- Rapaz! Exclamou Connan. Por Crom, se ainda exalar dúvidas eu mesmo o entrego a ele...

- Pega leve Connan...

- Rapaz! Escute aqui. Sei de tudo isso. Só que você não está levando em consideração sua maior força.

- É mesmo! E qual seria?..

- A sua juventude! O poder de criar contos, sua capacidade de mexer com esta coisa brilhante à sua frente, pode nos ajudar.

- O Notebook.

- Sim se for o nome. Além do mais, seu tio tem o conhecimento de cada pesonagem citado neste conto.

- Tá vendo Viní! Acredite em você. Vamos tratar de pensarmos num plano, mas, primeiro precisamos descobrir onde o trancafiaram.

- Viní é seu nome?

- Sim!..

- Pois bem. Vamos começar.

- Ok. Vini. Entre ai e tente acessar a Hyboria, assim, descobriremos.

Hyboria, era a terra base de todos os cenários do gibi. A meu pedido, Vinícios invadiu o mapa desta terra, os personagens ficaram absortos a tal bruxaria, Connan sacou a espada por Crom, Kull, atento a cada gesto, ainda assim, não soltava seu machado, Salomão Kane, alisando o punhal, como se alisasse uma mecha dos cabelos de uma nativa do seu tempo, com os olhos de um predador, estava pronto para sacar as pistolas.

- Muito bem Vini! Agora a aventura começa.

Continua...

Texto: Eu, Meu Sobrinho e os Guerreiros.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 21/06;2024 às 01:45

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Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 26/06/2024
Código do texto: T8094354
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