Uma mãe exagerada
Dona Marreca, a mãe de Maneco, era uma mãe muito exagerada. Seu filho não podia sair para passear porque ela tinha medo dele se perder e também não podia brincar para não se machucar. O marrequinho queria muito nadar no lago como os outros marrecos, patos e gansos, mas a mãe não permitia.
-Não, Maneco, você vai se afogar.
Os cuidados eram realmente excessivos. Ela o levava à escola e buscava, não permitia que ele saísse quando estava muito quente ou frio e morria de medo que ele adoecesse.
Uma vizinha chegou a dizer:
-Não acha que o está protegendo demais? Ele está crescendo, tem que conhecer o mundo, aprender a andar sozinho.
-Eu cuido do meu filho, não sou como muitas mães que deixam os filhos soltos!
Acontece que Maneco, naturalmente, cresceu e, já adulto, era medroso e inseguro. Não sabia nadar nem andar pela floresta e nem mesmo casara porque sempre que ele se interessava por alguém a mãe botava defeito na marreca, dizendo que não estava à altura dele.
Para piorar, um dia uma amiga perguntou a ela:
-Onde está Maneco? Casou e teve seus marrequinhos? O meu filho já é pai de uma linda ninhada.
-Não, ele ainda mora comigo. disse dona Marreca.
A amiga falou em tom zombeteiro:
-Puxa, todos os jovens da idade dele já estão vivendo suas vidas, formando suas famílias e ele ainda não deixou o ninho? Parece que, de tanto que você cuidou dele, ele não aprendeu a cuidar de si mesmo já que ele não sabe nem nadar ou andar pela floresta.
Dona Marreca, envergonhada, ficou sem resposta.
MORAL: Pais superprotetores não preparam os filhos para a vida.