A GENEROSA
A GENEROSA.
Autor: Wallash tom
"Pequenos Cordéis"
Uma história Real!
Fui criado ouvindo histórias
Que os mais velhos sempre contavam
Falavam de uma velha senhora
Que a todos se espantavam
Que em noite de lua cheia
A coisa ficava feia
Pra quem na noite viajavam
Contavam de um porco na estrada
Que ao ver alguém ficava parado
O bicho se arrudiava todo
Pulava em cima se não fosse agrado
Lutava com homem valente
Assombrava todo descrente
Se nome dela fosse falado
O assunto muito se ouvia
Que a coisa era muito feia
Quem não via na hora se tremia
Quem não via dava logo cagueira
Pois quem conheceu generosa
Ou congelava ou dava carreira
Dou conta dessa história
Recorrendo com certeza
Aos meados da memória
Detalhando com riqueza
Desse conto pouco distante
Saibam muito importante
Sobre tal dessa natureza
Eu trago a mais pura verdade
Nada disso é imaginação
Quem teme cabra da peste
Quem dirá assombração
Uma mulher que vira bicho
Corria atrás e por isso
Era temida em aparição
Mas olha naquele dia
Sem avisar derepente
Até preguiçoso corria
Levando com ela o valente
Da dita vira lobisomem
Que lutava e comia homem
E perseguia a toda gente
Corri feito potro no trote
Que cavalo desembestado
Um gelo no pé do cangote
Ao ver a maldita ao meu lado
O pavor daquilo era tanto
Que chamei todo nome santo
Que eu sei canonizado
Histórias ainda se contam
Daquela velha senhora
Que virava porco e Jumento
Na escoridao a qual quer hora
Sempre quando ela passava
O povo todo se trancava
Aflitos num só lamento
Naquele povoado pequeno
Viviam aterrorizados
A noite não saiam de casa
Temendo um bicho moreno
As vezes era Jumento
Na catinga o sofrimento
Que deixava tudo fedendo
Generosa era uma senhora
Que tinha esse tal pecado
Comer bostas de galinhas
Viver sem Deus amarrado
Não é lenda nem ficção
Nem muito menos imaginação
Que conto com meu agrado
Na velocidade da luz
O povo conta que ela corria
Rolava em esporjo de bichos
Pegava cachorro e galinha
Nas escoridao da noite
Como um chicote de açoite
Assombrava aquela terrinha
Seria um pacto com o diabo?
O povo se perguntava
A certeza todos dizia
Que alguma coisa ela aprontava
Mais ninguém na verdade sabia
Por que não tinha certeza se via
Quando o bicho se transformava
Não tinha idade para temer
Na tal dessa generosa
Era velhos jovens e crianças
Falavam que era perigosa
Um bicho feroz solto no mato
Que pegava o valente num salto
Levando-o para a sua glória
Se você não sentisse medo
E nem tivesse nem arrepios
Podia contar as horas
Para escutar o seu assobio
Pois logo ela aparecia
Lhe dizendo que já sabia
Que nos sonhos ela lhe comia
Homens valente daquela época
Com esse bicho lutava a noite
Jogava faca pra todo lado
Nada acertava só leva coices
O bicho era veloz
O bicho era feroz
Que surgia sempre na noite
Quem tinha medo corria
Quem tinha coragem tremia
Quem tinha os dois se melava
Na escoridao fedia
A GENEROSA era perigosa
Com ela não era penosa
Todo homem se perdia.
https://www.recantodasletras.com.br/e-livros-de-cronicas/8056443