A fadinha caridosa
O pequeno príncipe caminhava pelos bosques do vilarejo que ficava ao redor do seu castelo.
Foi quando de repente algo estranho aconteceu, o lago começou a brilhar, e dele uma linda fadinha apareceu.
Quem é você? Pergunta o príncipe assustado.
A fadinha mas que depressa diz.
Sou a fada que vistes sair das águas brilhantes e encantadas.
Se tu és fada, então que mostre-me o teu poder. Fases aparecer algo que me prove ser você quem diz ser.
Provar-te-ei meus encantos, mas não com aparições produzidas por minha varinha de condão. Lhe mostrarei meus poderes com grandes feitos somente em meio a população.
Vindes comigo meu príncipe, provarás com teus olhos do que sou capaz, prometo que ficarás tão encantado por tudo que lá tu verás.
E assim o príncipe fez, seguiu a fadinha o dia todo, viu ela curar aleijados, pôr comida na mesa do pobre e cuidar dos necessitados.
Com a chegada da noite, do príncipe a fadinha se despediu, ela foi embora com a certeza de ter feito boas ações, e com elas pôde ensinar ao príncipe o valor do amor e do perdão.
Pela manhã o príncipe acordou, mas seus olhos ele não quis abrir, e para todos disse ele assim. (Só abrirei meus olhos diante do que ontem acho que vi, saberei se tudo foi ou não um sonho...se caso o que ontem eu vi, hoje não estiveres mais aqui...se os aleijados ainda carregarem muletas, se a fome ainda existir, se o amor não prevalecer entre o povo, se eu nada disso ver, saberei então que tudo foi apenas um sonho que sonhei sem querer.)
E quando chegou na cidade...seus olhos o príncipe abriu, tamanha foi sua felicidade diante de tudo que viu. Como pode, diz ele em baixa voz, e pensou, hoje estou tão feliz, o amor renasceu entre nós.
Mais uma vez seus olhos o príncipe fechou, e logo voltou a abri-los, e viu que tudo era realmente verdade, e que a maldade do seu reino partiu, e que em seu lugar ficou uma linda e bela realidade, construída pela caridade de uma fadinha que um dia nas águas brilhantes de um lindo riacho surgiu.
Igor Rodrigues Santos