O asno, a potra e o garanhão
Havia na floresta um asno, uma potra e um garanhão.
O asno era muito falador e emocional. Vivia delirante, a proferir palavras ao vento, diante de um amor idealizado.
O garanhão, por sua vez, era comedido, visto como um insensível, pouco falava, apenas o necessário, porém sempre havia conquistas e amores realizados.
A potra era uma jovem sonhadora que imaginava ser feliz, tendo em vista um amor que lhe fizesse se sentir possuída e admirada.
Houve uma festa na floresta em que todos os quadrupleis foram convidados.
O asno anfitrião foi o primeiro a fazer um discurso eloquente, a fim de impressionar a todos, em especial, a potra.
O garanhão chegou por último e sem muito delongas tirou a potra para dançar. Antes do final da festa, os dois saíram em cavalgada nas pastagens da paixão.
Moral da história: Quem tanto prolixa verborragia, apenas idealiza o amor. Enquanto, quem age com concisão e sapiência, tende a ser contemplado com a realização do amor.