A INVISIBILIDADE DO RIO
Quando o sol jogou os seus primeiros raios de sol, o sapo despertou e pulou em direção ao rio.
Sapo Catolé: – Bom dia rio, como está hoje?
O rio triste, e disse:– Preocupado Catolé!
O sapo arregalou os olhos:– Estás pálido. O que houve?
O rio:– Me sentindo doente e abandonado, amigo. Virei um lixão e ninguém liga. É triste!
O peixe Juca, sai da água:– Eu mal consigo respirar. A água límpida ficou escura e com sabor estranho.
Catolé:– Não é justo. És essencial para a vida. Se adoecer e morrer de onde virá a água para beber; refrescar; abrigar peixes; molhar o solo e as plantações? Como todos viverão? Não entendo. Os homens não sabem disso?
Rio: – Não sei. Os homens andam com tanta pressa que me tornei invisível. Mas, o meu limite está terminando.
Catolé:– Pressa para quê?
Rio: - Ninguém sabe. Mas, estão com pressa. Não enxergam o essencial para a vida.
Catolé chamou as árvores, plantas, animais, insetos, peixes e quem pudesse se unir a ele para salvar o rio. Explicou que precisavam juntar forças ou todos sofreriam com a perda.
Macaco :– Os homens fazem e nós consertamos?
Catolé: – Você pode viver sem beber água e se molhar para refrescar? Aguenta viver sem o rio?
O macaco, então, entendeu que a vida não gira em torno de um e sim de todos. Por isso, se faz necessário uma luta geral pelos mesmos ideais. Devemos lutar para acabar com a cegueira da individualidade.
O rio já sem forças: –O esgoto polui, sufoca. A vegetação antes cortada, precisa ser reposta ou o fim chegará.
Catolé sabia que era difícil, mas, se todos fizessem um pouco, conseguiriam. E a limpeza começou.
Por ser um rio pequeno, e próximo de um vilarejo, talvez fosse mais fácil salvá-lo.
Por dias, eles trabalharam pensando numa salvação conjunta. E notaram a melhora do rio. Ainda havia muito o que fazer, o lixo tirado das águas precisava ser levado para longe, para não penetrar na terra, e voltar a poluir a água e o solo.
Um homem surgiu, e ficou admirado com a luta daqueles seres da floresta, e resolveu chamar o povo do lugar para ajudar, mostrando o que estava sendo feito, e que o descaso daqueles que estavam cegos, levaria todos para um final trágico. Aos poucos, a ajuda foi aumentando, a união foi se revelando.
O rio, enfim, agitou as suas águas, em sinal de gratidão, pois já estavam voltando a ficar claras. E os peixes pularam de alegria. E o sapo sentiu que uma nova fase se iniciaria.
E assim, deveria ser o mundo, sem egoísmo, vendo o próximo. Se todos começarem a ajudar, criaremos um mundo melhor para todo ser vivo.