A sua espera

Eu não sei dizer quem foi que caracterizou o homem do campo como "matuto".

Talvez ele fosse mesmo um caipira do mato.

Só porque trabalhava na roça.

Tirava da lavoura o seu sustento diário.

Não tinha muitos contatos com a cidade.

Vivia no campo.

Ali era o seu mundo.

Ele tinha contato diariamente com a natureza, com os bichos e pássaros.

Não era formado em nenhuma faculdade, e nem precisava, ele conhecia muito bem o clima, o tempo, as estações, o solo e as vegetações.

E nesta simplicidade toda certo dia ele conheceu o amor de sua vida.

Foi um sentimento profundo.

Ele amava muito uma certa pessoa.

E com ela ele viveu grandes momentos de plena felicidade.

Não se importava com os dias longos e cansativos e superava tudo.

Voltava da sua labuta diária cansado mas feliz da vida.

É o amor que tudo transforma.

Certas coisas não se transforma pela dureza e frieza íntima que se carrega na alma e no coração.

Mas, nem tudo é um mar de rosas para sempre.

Até que em um belo dia ela o deixou.

A tristeza agora abateu sobre si.

Tomou conta daquele matuto.

O coração agora partido.

E sozinho ficou.

Continua vivendo sozinho no campo.

Tudo perdeu a graça e a beleza .

Acabou a alegria.

Acabou o sorriso.

Mas ele não desiste.

Como um bom matuto é paciente.

Sabe esperar!

E espera um dia a jardineira trazer de volta a sua amada...

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 12/03/2023
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