A sua espera
Eu não sei dizer quem foi que caracterizou o homem do campo como "matuto".
Talvez ele fosse mesmo um caipira do mato.
Só porque trabalhava na roça.
Tirava da lavoura o seu sustento diário.
Não tinha muitos contatos com a cidade.
Vivia no campo.
Ali era o seu mundo.
Ele tinha contato diariamente com a natureza, com os bichos e pássaros.
Não era formado em nenhuma faculdade, e nem precisava, ele conhecia muito bem o clima, o tempo, as estações, o solo e as vegetações.
E nesta simplicidade toda certo dia ele conheceu o amor de sua vida.
Foi um sentimento profundo.
Ele amava muito uma certa pessoa.
E com ela ele viveu grandes momentos de plena felicidade.
Não se importava com os dias longos e cansativos e superava tudo.
Voltava da sua labuta diária cansado mas feliz da vida.
É o amor que tudo transforma.
Certas coisas não se transforma pela dureza e frieza íntima que se carrega na alma e no coração.
Mas, nem tudo é um mar de rosas para sempre.
Até que em um belo dia ela o deixou.
A tristeza agora abateu sobre si.
Tomou conta daquele matuto.
O coração agora partido.
E sozinho ficou.
Continua vivendo sozinho no campo.
Tudo perdeu a graça e a beleza .
Acabou a alegria.
Acabou o sorriso.
Mas ele não desiste.
Como um bom matuto é paciente.
Sabe esperar!
E espera um dia a jardineira trazer de volta a sua amada...