Assassinato no fundo do mar

Peixe foi devorado ficando somente sua carcaça. Caranguejo mandou que Tubarão e Baleia fossem presos para averiguação.

Siri suspeitando de Sardinha começou a vigiá-la. Sardinha também suspeitando de Siri, começou a ficar de olho nele.

Ostra com medo não mais saiu de sua concha. Clima de tensão no fundo do mar.

Ninguém estava mais confiando em ninguém. Todos eram suspeitos.

Pressionado por seu chefe, o Lambari, Caranguejo mandou prender todos os suspeitos para averiguação.

Todos foram colocados numa pequena sala. Lambari estava junto acompanhando a investigação.

- Abre a boca - disse Caranguejo para Tubarão. Ele obedeceu e abriu sua bocona infestando toda sala com seu mau hálito.

- O cheiro é horrível, mas, não é de quem acabou de comer um peixe, é coisa bem pior.

- Está liberado - disse Caranguejo para Tubarão.

Pegou uma lanterna e mandou que Baleia abrisse a boca e colocasse seus dentes para fora.

Procurando encontrar algum fiapo de carne de peixe entre seus dentes, não encontrou nada.

- Pode ir embora! - disse.

Caranguejo mandou que Ostra saísse da concha para que ele entrasse dentro dela e ver se encontrava algo.

Fez o que planejava, mas não achou nada.

- Cai fora! - disse para Ostra. Ela pegou sua concha e imediatamente saiu dali.

Um a um foram sendo investigados até somente restarem o Siri e a Sardinha.

Os dois foram colocados frente a frente, mas não antes de Caranguejo dizer em particular para cada um dos suspeitos que um acusou o outro de ter cometido o crime.

- Quem foi ? - perguntou ele de maneira ríspida.

Siri e Sardinha desesperados, começaram a acusar um ao outro.

Irritado com tamanha baixaria, Caranguejo gritou:

- Já chega de palhaçada!!!! e Burp!!!! - acabou soltando sem querer.

O cheiro de peixe era notório, poluindo toda a sala.

- Agora sabemos quem devorou o peixe. Podem levá-lo para cela - disse Lambari aos guardas.

Caranguejo iria a julgamento, mas algumas antes antes, acabou sendo devorado por seu companheiro de cela, o Lobo do mar.

Moral: Muitas vezes a injustiça vem fantasiada de justiça.

(2022)