O BEIJA-FLOR E O PAVÃO
Há muito tempo, o Beija-flor e o Pavão eram colegas de aula; no entanto, não se davam muito bem, não se bicavam.
O Beija-flor achava que o Pavão era muito exibido, metido a sabidão, ficava o tempo todo, abrindo a sua cauda de penas coloridas para chamar a atenção dos outros.
Já, o Pavão achava que o Beija-flor era muito na dele, quieto, silencioso; que se sentia superior, porque conseguia parar no ar, batendo as asinhas, sem sair do lugar como nenhum outro pássaro consegue.
Certo dia, o professor Coruja mandou a turma fazer um trabalho e organizou os alunos em dupla.
No sorteio, o Beija-flor e o Pavão formaram uma dupla. Os dois, rápidos, falaram:
– Não! A gente não irá trabalhar juntos! Nós não nos bicamos!!!
O Professor, com sua calma de sempre, disse:
– Pessoal! Vamos deixar a rivalidade e as diferenças de lado e pegar juntos para fazer um bom trabalho.
No início, foi difícil. Nenhum dos dois estava gostando. Com o passar do tempo, começaram a conversar, trocar ideias, e cada um foi dando o seu melhor.
O Beija-flor, acostumado a andar de uma flor a outra, transportando pólen, era muito ágil e conhecia muitas coisas.
O Pavão, acostumado à beleza da sua cauda colorida e a comunicar-se com tantos admiradores, facilmente, tratou da parte artística da atividade.
No final, fizeram um belo trabalho, sendo aplaudidos de pé pela turma e elogiados pelo professor Coruja.
Moral da história: Não julgue ninguém sem o conhecer bem e lembre que trabalho em equipe tem melhores resultados.