A RAPOSA E O COELHO
O coelho serelepe gostava de aventurar-se pela floresta onde morava, saltitando enquanto fazia novas amizades e descobria lugares novos.
Um dia, entretanto, esses momentos serenos chegaram ao seu fim. Rumores chegaram às suas orelhas de que uma raposa teria sido avistada, perseguindo animais menores e devorando-os.
Mesmo assim, determinado, em ser teimoso como sempre, foi. O coelho negou-se a recuar-se para seu esconderijo como todos os seus amigos, um pequeno buraco no tronco de uma velha árvore que ele chamava de lar. Continuou com sua rotina tão sagrada, atento aos seus arredores, mas afogando-se em sua própria ingenuidade.
Não longo durou a sua solidão, pois, numa tranquila noite, durante suas explorações, o coelho achou-se cara-a-cara com tal predador.
A raposa era rápida; porém, o coelho era mais. Chegou à sua toca momentos antes de virar jantar. Seu destino estava selado! Agora, seu inimigo sabia onde morava.
Os dias se passaram, lentamente, com o coelho receoso de colocar, sequer uma pata para fora de sua casa, tendo a sensação de que a raposa estava o esperando do outro lado.
A raposa, por sua vez, ficou de espreita, ignorando o seu faro que a avisava de outras vítimas em potencial, focada apenas no coelho, que ela jurava sairia da toca a qualquer momento.
Suas vidas acabaram assim, esperando um ao outro. Ambos morreram de fome.
Moral da história: Viver intensamente o hoje, fazendo das pequenas coisas um espetáculo à alma e aos olhos.