Caprichos da rainha

A formiga rainha carregava sobre os ombros, todos os dias, a flor vermelha, Coroa de Cristo, achava-a linda, cheirosa e nutritiva. Fazia malabarismo entre os espinhos para apanhá -la e levá-la para sua colônia subterrânea.- - - Oba, neste inverno estaremos protegidas da fome, do raquitismo, das doenças , se gabava ela com seus súditos. A abelhinha Bela, sagaz, solidária, não cansava de alertá-la : - cuidado! Esta flor é tóxica, venenosa, e pode até matar toda sua espécie . A Formiga, dona de si, arrogante, nem ligava, - esta flor é milagrosa , vou salvar a desnutrição de minha colônia com ela .- A ciência - vociferava ela - com orgulho e autoridade, é burra. E todos os dias, acordava antes do sol romper no horizonte, para invadir com seus súditos, o jardim da Igrejinha do bairro da cidade, e iniciar a devassa na plantação das Coroas de Cristo . Passadas algumas semanas, em uma fria e cinza manhã de inverno, Bela , a abelhinha , ao colher o néctar para fabricação de seu mel, achou estranho, não encontrou a formiga rabujenta ali. Ficou sabendo, por Sarita, formiguinha prudente, que jamais se rendeu aos caprichos da arrogante rainha, que um envenenamento havia dizimado o seu formigueiro ... alguém lúcido tinha que contar a história. Benvinda Palma

Bemtevi
Enviado por Bemtevi em 28/01/2021
Reeditado em 25/03/2021
Código do texto: T7170730
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