Sapo Azul e a Libélula
SAPO AZUL
E
A LIBÉLULA
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
UM LAGO
AZUL PEQUENO
CONSTRUÇÃO DA REALEZA
LUZES NOS AZUIS
ASAS ROSAS
CONVERSAS E DESCOBERTAS
O MISTÉRIO DA VIAGEM ROSA
A FORÇA INVISÍVEL DA NATUREZA
INSTINTO X AMOR
INTRODUÇÃO
No reino animal e nas diversas redes da cadeia alimentar ocorre de forma ininterrupta e incansável a guerra natural pela sobrevivência, cada espécie uma hora estando no papel de presa e em outro momento fazendo as ações na posição de predador, seguindo assim o ritmo da vida.
A espécie humana, na sua evolução e desenvolvimento da estrutura cerebral, se coloca nesse universo da cadeia alimentar com um diferencial. A capacidade de raciocínio e interpretação se torna responsável pelo desenvolvimento humano, do planeta e transforma consideravelmente o ambiente onde pulsa essa rede.
As reações intuitivas originárias dessa cadeia de sobrevivência começam a sofrer uma tentativa de interpretações e de tabulação racional com essa nova formação humana. Sentimentos começam a ser caracterizados, denominados e teorias sobre tudo são geradas; linhas de pensamentos são elaboradas, tentando dissecar amor, paixão, culpa, ciúmes, felicidade e tudo que isso provoca.
Toda essa análise e nova visão causa constantemente um grande dilema existencial, num embate entre as reações instintivas do mundo irracional e as esperadas com a evolução racional humana, numa guerra emocional tendo de um lado sentimentos nobres como o AMOR e de outro SOBREVIVÊNCIA FORAZ.
O AMOR
A MORTE
A TERRA
O CÉU
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UM LAGO
Toda estória encantada deveria começar com uma linda paisagem e de forma bem tranquila, transmitindo a paz típica dos paraísos que todos constroem ao seu redor, para caminharem nas terras da sobrevivência.
Árvores diversas, das menores e graciosas, das coloridas e perfumadas, das assustadoras e espinhosas, além das gigantes e poderosas; todas com a sensação de proteção do sol escaldante do verão ou das grandes chuvas devastadoras.
Muitos ruídos característicos de uma floresta em paz; animais rápidos, atentos pela fragilidade, tranquilos pelo poder, astutos pela forme e vorazes pelo instinto. Todas as espécies cumprindo seu papel, de prezas e predadores, dando sequência a vida na natureza.
Cantos coloridos vindo do alto das árvores, numa mistura de sons e cores, ventos e pousadas, revoadas do dia claro a aglomerações tumultuadas da noite, na busca do aconchego do descanso e tranquilidade, só encontrada na noite escura e em proteção.
A única grandiosidade e beleza que competia com toda essa descrição da maravilha da floresta estava representada quando se olhava para um pouco mais acima. Um imenso lençol com um belo e límpido azul, um céu inalcançável, seja pela sua distância e grandeza, seja pela maravilha intensa de sua cor.
Com o sol escondido e a caída da noite, mais uma um pouco o céu acrescentava para irradiar sua maravilha e reinar sozinha sobre a floresta. O show do número de estrelas, o dançar dos cometas e um outro lençol de luzes se estendia em toda a extensão, revelando o belo e o misterioso do universo.
E a floresta ainda não desistira de ser mais bela que o céu e quer algo, se não maior, pelo menos igual a beleza do céu. Então cria um espelho do céu, apesar de bem menor, que se traduziu no enorme lago azul que surgiu em seu interior. Sempre que o azul reluzia no mais alto do céu ele se repetia no corpo daquele lago.
Ainda não resolvido o incômodo da total escuridão da floresta, porém ainda não era o fim do mundo. A floresta atrai e se aproveita das pequenas luzes que se transformavam o vagalumes e também tinha suas estrelas no pequeno céu que era considerado o seu lago.
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AZUL PEQUENO
Mas nem só de gigantes, cores e beleza é ocupado o paraíso, pois mais abaixo de tudo isso vivem outros seres, com menores tamanhos, as vezes sem cores, muitos em silêncio, outros com aparências fantasmagóricas, outros se misturando ao ambiente e passando sem serem percebidos.
Nesse mundo menor também ocorre a guerra pela sobrevivência, com todo desenrolar dos embates entre predador e preza, buscas e perseguições, mas mantendo-se a harmonia e convívios que se é possível dentro da roda viva de se existir.
Uns se arrastam, parecendo pedir algo, outros voam desajeitados levantando o grande peso dos seus corpos, ainda os que caminham lentamente sem a pressa que o correr dos dias as vezes exige e ainda mais os com grandes olhos que parecem filmar e registrar tudo para um arquivo de não sei o que.
Essa vastidão e variedade ocupam cada o seu espaço ao redor da imitação do céu, que se tornou aquele grande lago azul. E essa coisa do imenso azul do céu e do grande azul do lago era percebido e discutido entre todos por ali, com admiração.
Todos estranharam quando algo novo surge naqueles dias, meio que se esforçando para caminhar e com grandes pulos para ganhar tempo e espaço até o ponto de chegada. Chega pedindo licença, com diplomacia, obtendo o respeito de todos que o encontrava naquela caminhada.
Chegando a beira daquele lago, finalmente, respirou aliviado, melhor e com calma. Aprecia todo o azul a sua frente, sorriu com sua grande boca, sorriso que se espalhou pelos seus grandes olhos que brilharam de um lado e do outro. Se viu naquele azul.
Se alojou e encontrou uma vitória-régia onde se sentou pra continuar a admirar tudo aquilo. E resolveu que aquilo seria sua cama, sua casa e seu lugar.
Além do curiosidade, a sua caminhada e chegada gerou uma grande admiração por todos que o viram, que depois passou a respeito monárquico, pois todos percebem que algo comum o transformava numa realeza daquele espaço.
Também era azul, como o imenso céu e o grande lago; apenas menor.
Um sapo chegara pra ser um pedaço de maravilha azul:
Um Grande Sapo Azul.
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CONSTRUÇÃO DA REALEZA
O tamanho daquele pequeno azul, o Sapo Azul, também ajuda a impor um respeito real a todos que conviviam por ali. E todos percebem que ele sempre tinha algo a dizer, caramba! Se transformava sempre numa palestra.
E todos perguntava como ele sabia tudo aquilo, com a mesma resposta sempre:
“Eu tenho tantos anos, que já passei por tudo que me perguntam e posso dar conselhos, mas não posso viver pra vocês”.
Se acostumaram a fazer uma grande roda para trocarem ideias, ouvirem o que todos tinha a dizer e ouvir o que saía de todo aquele azul, do lago e do sapo. Se ouviam cricrilar dos grilos, coaxar de outros sapos e rãs, zumbir das abelhas e vespas, zoar dos besouros, cigarrear das cigarras, ziziar dos gafanhotos, zunir das moscas e mosquitos e chiar de outros insetos.
Todos tinham algo a dizer e todos conseguiam ouvir, compreender e entender cada argumento, de cada tipo que estivesse por ali
Mas uma coisa se construiu durante aqueles dias, influenciado pela sabedoria daquele azul, aprendida em toda caminhada feita, pois se entendeu que aquele sapo havia caminhado muito, visto muito, experimentado muito e aprendido muito em lugares muitos.
O sapo azul ganhou status de nobre e passou a ser visto como tal, obtendo de todos a importância merecida por tudo que aprendeu e o que poderia contribuir com a busca de um melhor convívio.
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LUZES NOS AZUIS
Nos verões o sol intensifica as cores, aquece os ambientes e expulsa todos de seus esconderijos, permitindo que a vida se mostre em movimento, acelerado e pulsante. O aproveitamento do frescor e conforto das águas do lago ficou maior, com presença de todos e clima de diversão e descontração contagiando o ambiente.
A luz do sol se espalha e penetra em todo cantinho, em todo casulo, em todo esconderijo, invadindo os corpos e mentes de todos os seres daquele ambiente, gerando um turbilhão de sentimentos, desejos e ações que os corações aquecidos são capazes de processar.
Um bater de asas atrapalhadas se ouve vindo do céu, daquele grande azul que cobria como uma sombrinha do universo.
Nosso sapo olha pra cima tentando identificar o que gerava aquele som e percebe uma luz intensa, que ofusca seus olhos, o deixa com vista embaçada, fruto do sol que tocava aquelas asas nervosas, que seus movimentos geravam flashes fantásticos de um espetáculo de desenvoltura.
Flashes tinham cores. Eram rosas.
Aquelas cores...
Aquelas luzes...
Aquele sol...
Tudo isto inflamou o coração e a mente do nosso personagem azul e despertou algo que ele ainda não tinha vivido, apesar de tudo que caminhou: uma paixão avassaladora.
Ele olha desesperado para o seu sentimento e começa a coaxar o que de mais lindo conhecia e implora para que aquela beleza também venha para aquele paraíso, pois só faltava aquilo pra sua vida ficar completa.
Aquela cor continua seu movimento e parece não se importar.
Duas grandes lágrimas caem dos olhos do pequeno azul.
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ASAS ROSAS
Permanece nosso personagem a observar a linha rosa, reta e contínua.
Enquanto pensava em retas, curvas e desenhos geográficos, grande sapo percebe que a linha rosa traça um novo desenho e conclui um ângulo de 45 graus, cujo ponto final do desenho está direcionado para o azul, seja do lago ou do pequeno azul.
Em pouco tempo algo mergulha em direção ao lago e se mantém flutuando acima da água, dando pequenos e rápidos movimentos, dando impressão que se refrescava e matava sua cede.
Uma linda e formosa libélula, coma lindas asas rosas, abertas e apressadas como hélices, que só aumentava sua beleza rara e apaixonante para o observador. Para, pousa num frágil caule de um planta bem à frente do extasiado e boquiaberto sapo; sem saber o que fazer diante da maravilho nunca vista.
Os corpos tremem. O da libélula pelo movimento nervoso natural, mas o do sapo ninguém entendia o motivo, já que suas pernas e braços eram tão estáticos, quando em repouso. Ele se sentia sem forças, sem ação e com nervosismo que nunca experimentara.
Pensa em puxar uma conversa agradável, a fim de se aproximar daquilo que já imaginava uma princesa, porém um coaxar horrível e que ninguém entendeu saiu de sua boca grande, deixando-o envergonhado e quase sem coragem de encará-la. Porém insiste na tentativa de fazer contato, pois não gostaria de perder a oportunidade de conhecer uma raridade, e sai uma pergunta simples:
- O que uma princesa faz sozinha e por aqui?
Um grande silêncio, uma grande expectativa e finalmente uma resposta:
- Passava lá em cima, no caminho que seguia, quando olhei aqui pra baixo e me atraiu esse lindo azul.
Pronto!
De quem ela falava? Sobre que azul ela se referia?
Mas como para os apaixonados o mundo passa a girar ao seu redor, ele acreditava ser dele que falava.
Pronto! Estava realmente apaixonado.
Paixão improvável! Paixão Absurda!
Mas afinal estava vivendo aquilo.
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CONVERSAS E DESCOBERTAS
A partir da iniciativa de quebrar gelo, uma interminável conversa e bate-papo se desenrola, numa linguagem universal, sem dificuldades nem necessidade de tradução, afinal era uma novidade atrás da outra e todo problema era superado pela curiosidade de ambos,
O sapo contava de toda sua caminhada, muitos lugares vistos, muitas estórias escutadas, muitas experiências acumuladas, muitas pessoas que conheceu e que tentou agradar e as que o agradaram. Revelou que por onde passou não tinha encontrado esse ambiente agradável e que o frio dos lugares o incomodava, o que não acontecia por ali.
A libélula contou da facilidade que tinha para sair daqui e chegar ali, pois voar era muito mais rápido do que se arrastar, caminhar ou pular para alcançar o destino desejado. Também viu coisas, lugares e paisagens, mas da distância do alto não ouvia estórias e nem conheceu pessoas para agradar e ser agradada.
Ela nunca havia parado por ali, sempre visto de cima; mas viu um grande azul que a atraiu para conhecer de perto. Foi atraída pelo grande azul mas toda aquela conversa criou admiração pelo azul pequeno, o sapo, que também revelou seu encantamento pela figura rosa.
Mas, muito estranho!
Como resolver esse problema da natureza?
Um sapo...
Uma libélula...
Onde levará essa aproximação?
Todos naquele lago percebem, começam a pensar e observar aquela estória de amor improvável e absurda.
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O MISTÉRIO DA VIAGEM ROSA
O sapo rei fica curioso e pede para a princesa explicar o porquê dessa viagem que fazia, se já havia feito e onde pretendia chegar, dando asas a sua curiosidade sobre as novidades que encontrava pelo caminho.
A princesa libélula conta um pouco mais da sua estória, sua família, seus amigos, sua rotina e o lugar onde sempre se viu sobreviver. Porém confessa ser inquieta, apressada e hiperativa, como acreditava serem todos da sua espécie.
Confessa também não ser nenhuma criança, já ter alcançado sua vida adulta e que outros objetivos começaram a se montar na sua cabeça; não só o de deixar o dia passar e terminar, sem nenhum objetivo maior. De repente algo a incomodou.
Algo a despertou e a fez pensar em algo diferente. Não sabia muito o que era, se era o que já tinha ouvido falar do amor. O que era, se era real, o porquê disso, para o que sentiam e o que fazer com essa coisa que todos sentiam e falavam.
Uma força muito grande tomou conta dos seus pensamentos, do seu corpo e das suas ações, fazendo crescer seus questionamentos e a definição do seu destino.
Inexplicavelmente e sem muito controle, se sente arrancada do seu lugar e se lança a voar como chamada a encontrar o tal “algo diferente” que seu instinto insistia em fazê-la explorar. O que seria aquilo? O tal amor?
Termina de contar a estória. Diz que ainda está a caminho do que impulsiona o seu destino, que parece estar mais em direção ao norte.
A ciência e estudos mostram que muitos animais escolhem o outono para viajar. Uns para passar inverno em lugares mais amenos. As libélulas também se sentem impulsionadas a fazerem essa migração por outros motivos.
Tudo isso é uma força grandiosa que a natureza tem, uma capacidade de agir sobre todo esse reino animal, arrasta de forma devastadora na direção da ordem natural, sejam animais de qualquer tamanho ou qualquer forma de viver que eles tenham.
A natureza está falando com a princesa.
Sabe-se lá pra onde a está levando.
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FORÇA INVISÍVEL DA NATUREZA
O volume de conversa, sobre tantos temas, sobre tantas matérias e abordagens até filosóficas, cria uma conexão e uma grande necessidade de estarem sempre em contato, por um tempo que nem percebem passar.
Algum sentimento começa a se formar entre ambos:
- Uma admiração por parte a libélula
- E um sentimento novo e forte por parte do sapo
Finalmente o pequeno azul revela seus sentimentos a princesa rosa, algo que ele começa a caracterizar por amor, muito forte e que o impulsiona a tê-la sempre por perto, por causar uma sensação de importância, valor e compreensão de felicidade por viver. Promete todo aquele azul e tudo daquele paraíso para a princesa.
A libélula confessa se assustar, sem saber o que pensar e se o que ela sente caminha nessa mesma linha, com a mesma intensidade e com as mesmas características. O que será que causa todo esse sentimento? Seria o clima? O calor? A beleza de tudo aquilo? A sensação de estar no paraíso?
Mas a natureza cobra as ações que não podem ser abandonadas, já que parece todo o universo estar interligado por uma grande rede, numa conexão eletromagnética que impulsiona, atrai e define os caminhos. Independentemente do tamanho e força, os seres dessa rede são sempre tocados por isso.
E a libélula confessa ao sapo ainda não estar pronta para estacionar e a beleza daquele paraíso não consegue quebrar as ondas daquela rede, insistindo em atrair a princesa a continuar seu voo. O sapo rei implora, revela parecer não suportar a falta que fará e a saudade da proximidade, das conversas sem fim e da alegria da presença.
Por mais que resista, não tem jeito.
Ela sente que tem que continuar, afinal ainda não completou a tal migração para o norte, que está escrito na sua linha natural
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INSTINTO X AMOR
Mais lágrimas caem dos grandes olhos, enchendo ainda mais aquele lago tão azul. A essas lágrimas se juntam as menores da libélula, revelando também a falta de que tudo aquilo fara.
E ela se lança ao maior azul, apressada mas triste.
Também triste, assustado e desesperado, o pequeno azul é tomado de um pânico que o descontrola e algo terrível também a natureza impulsiona ao sapo fazer. Algo que todos os seres também experimentam na guerra da sobrevivência.
Toda a beleza do sentimento que ele diz carregar se perde, Todo amor que imaginava viver, como um novo inexplicável, não tem mais sentido e algum vazio se cria. Até que o sapo rei também é tocado pelas ondas eletromagnéticas dessa grande rede da conexão, que se mostra em todos os animais como o que se chama de instinto.
O da sobrevivência também invade agora aquele simples, sem nobreza e sem realeza. E num movimento sem pensar e rápido lança sua grande língua em direção a libélula, para capturá-la, não mais para tê-la como amor, pois isso parece ter perdido o sentido, mas como algo para manter sua sobrevivência.
Não adiantou toda a sabedoria que conquistava a todos. Todas as experiências, todos os lugares, tudo que viu, que experimentou, que aprendeu e que conheceu; nada disso conseguiu uma barreira aquilo que a natureza o chamava a fazer.
Mais uma vez a luz rosa, tocada pelo sol e também fruto das asas da libélula, surge no céu para tentar consertar e se intrometer nos caminhos da natureza; e ao tocar os olhos do sapo o atrapalha e impede que o golpe seja certeiro.
Envergonhado, triste e com uma culpa incalculável, o sapo chora mais ainda e com seu olhar agradece a luz. A libélula também com seus grandes olhos deixa lágrimas e o perdoa, afinal os dois atenderam ou tentaram atender ao chamado da natureza.
Compreenderam o que era instinto e o que é sentimento, o quão próximos e distantes podem ser.
Entenderam que a distância manteria escrito uma estória de amor.
Mesmo que improvável e absurda