A pequena raposa
— Estou com fome! —, disse a pequena raposa à mãe.
E, sem esperar resposta, caminhou exibindo a cauda marrom em direção ao galinheiro do cercado após a mata.
Depois de notar que a pequena raposa havia saído e de dar um longo suspiro, a mãe recomendou:
— Cuidado com o cachorro do dono da casa. — e ficou na porta da toca, segurando os olhos no filho.
A raposinha viu a galinha com os pintinhos, que ciscavam minhocas nas areias molhadas do chão. “Hoje vou saborear a carne de um desses pintinhos”, era o pensamento que se repetia enquanto caminhava pé ante pé na direção dos bichinhos...
Mas a caminhada não durou. Em frente à ninhada, o cachorro cheirava o ar. A pequena raposa voltou sorrateira para a toca. Zás!
Em casa, contou para a mãe que teve medo.
— Não há quem não tenha medo. Mas um dia você cresce. — E ouvindo o filhote comentar várias vezes sobre o desejo de comer um pintinho, acrescentou: — Ainda há muito tempo para você concretizar seu sonho.
Naquela noite, a pequena raposa antes de dormir falou mais uma vez que carne de pintinhos devia ser muito saborosa. Um, dois, três pintinhos deviam ser muito, muito saborosos... Então, adormeceu. E passou a contar pintinhos em seus sonhos...
MORAL: Os sonhos perseguem a sua provável realidade.
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