FABULA DO ANÃOZINHO BRANCO MILIONÁRIO

PRÓLOGO: Era uma vez em volta do globo terrestre e seus equipamentos de tv, um anãozinho branco milionário.

Dizem que a cerca de uns 50 anos, surgiu um anãozinho na terra e, que seus pais olharam para seus olhinhos negros tão vazios e perguntaram aos céus - Porquê desses olhinhos assim, oh céus?? O céu ficou indiferente, apenas as galinhas no galinheiro começaram a se agitar em silêncio, era cerca de três da madrugada. Mais crível ainda era como o anãozinho, parecendo um aborto, era pálido... porém com estranhas manchas negras na cabecinha. Foi quando a recente mãe disse a seu marido - "vamos ter de fazer algo para esse menino vingar, já não queremos ter outro filho, pode nascer ainda pior. Vamos a floresta negra conversar com as feiticeiras. Esse é o sinal que nossas galinhas nos deram."

Ao chegar a vila das feiticeiras, situada ao centro da floresta negra, a feiticeira de pior índole gargalhando estridentemente, veio atender o casal, com o anãozinho enrolado em saco de chita. Logo que olharam para o pequeno disseram todas em uníssono: "Esse anãozinho branco com manchas negras na cabeça é uma aberração, porém é vosso filho. O que querem que façamos?" - Os pais entreolharam-se profundamente e logo disseram as feiticeiras: "Façam um trabalho para ele ter um aspecto bom, de forma que ninguém perceba o que realmente é. As feiticeiras aquiesceram e alertaram - "Esse anãozinho branco com manchas negras na cabeça, tornar-se-á um milionário, porém, correrá sempre o risco de ser desmascarado, pois causará mal generalizado ao mundo saudável, com ardil, malícias e quase diplomacia criminosa. No entanto haveráo hordas verdadeiras que nunca acreditarão nele. Sabem que ele é um ser desprezivel, repulsivo. E vocês, pais, terão de dar-lhe a educação necessária para ele sórdidamente tornar-se milionário, a custa de nenhuma honra, o que nunca adimitirá, mas a horda eternamente o vilipendiará, ao limite de desejar sua morte - dêem-lhe o nome de willhelm

E assim o fizeram os pais, e saíram da floresta negra. Ao chegarem em casa, logo perceberam como o anãozinho, já nomeado willhelm, ficou com os olhinhos vazios e negros vidrados numa das galinhas mais fraquinhas e doente do galinheiro - "Deus.. porque está ele olhando assim, e justo para nossa pior galinha. Será que precisaremos voltar a floresta negra para falar com as feiticeiras?" Neste mesmo instante, Willhelm que até então não emitira sequer um som, teve uma crise de choro doentio, e os pais o acalmaram, esquecendo das galinhas, e não voltaram a floresta.

Os pais de Willhelm fizeram como as feiticeiras disseram, e desde cedo foram colocando o anãozinho branco nos moldes e padrões sociais ideiais, para seu "destino." Quando já com o estudo completo, o pai de Willhelm que houvera participado da origem da invenção de uma tecnolgia conhecida como televisão, criou a oportunidade ideal para Willhelm poder viver em uma espécie de redoma de vidro e enriquecer. Porém sabiam que tudo que Willhelm ja fazia desde a infancia, era doentio. Só sendo considerado nesta caixa que chamavam, televisão. Willhelm realmente enriqueceu, mas a custa de pouca ou nenhuma dignidade e de certo nenhuma honra. E o tempo foi passando onde a TV dia a dia ia perdendo prestígio como algo saudável ou que fosse realmente positivo, as necessidades do tempo que urgia. E Willhelm quase as ocultas, sempre sonhava com a galinha de sua infância. Somente sua mãe a princípio sabia do sonho que ele adorava e que era extremamente hediiondo, na verdade, envolvendo a recordação daquela galinha doente e fraca do antigo galinheiro. A mãe tinha até medo do tipo de sonho, que servia até como inspiração amorosa na vida de Willhelm. Na verdade tinha pavor e até se perguntava, se houvera feito a coisa certa em criar Willhelm e da forma que o fizera, junto com o pai daquele anãozinho branco com estranhas manchas negras na cabeça.

Willhelm, já "trabalhando" na redoma de vidro, já conhecida, pelo nome de televisão, tinha um aspecto que enganara muitos de forma absurda durante muito tempo. E no correr dos anos, ia se aperfeiçoando no que ele mesmo chamava, padrão de qualidade de caráter. Uma coisa na realidade, doentia e repulsiva. Mas enfim, era ja um milionário em terra de misérias e desigualdade. Enquanto o amor oculto de sua vida sempre fora uma "criatura", parecendo humana, a imagem e semelhança das galinhas - nunca adimitira isso - e de classe subalterna.

Esta fábula durou muito tempo, segundo os padrões de vida humanos. Todavia Willhelm já não enganava mais ninguém... e tantos e tantas, e a horda (sempre atenta) tentavam desmascará-lo e até po-lo na cadeia... sopravam os ventos que a televisão e muitos de seus canais estavam com os dias contados.. o que será de Willhelm sem a redoma de vidro???!!!

FIM