A BARATA E A ARANHA
Uma coruja estava em uma estaca perto de uma casa quando ouviu uma discussão entre uma barata e uma aranha, apesar de gostar de comer baratas ela estava de papo cheio e resolveu somente escutar o assunto.
A barata dizia para a aranha:
-- Você faz fios de seda, mas não passa de uma magrela indesejada, não consegue se esconder rapidamente, gosta de ficar em cima das paredes e leva vassourada.
A aranha, irritada, respondeu:
--Você pensa que é melhor do que eu, mas não tece, nem fia e vive se escondendo em armários de pias, mas não se esqueça, seu perfume é um horror e deixa sua marca por onde você passou.
A barata, chateada, interrompeu:
--Vivo dentro de pias, vivo em qualquer lugar. Até nos palácios dos reis, você pode me encontrar.
A aranha replicou:
--Se é de nobreza que você fala, sou melhor do que você. Moro em qualquer palácio, ninguém pode me deter.
Enquanto as duas falavam, um chinelo se aproximou e, com duas chineladas, a discussão acabou.
A coruja ao ver o acontecido, bateu asas e voou, falando consigo mesma:
--De que adianta a vaidade, a arrogância, a soberania e tudo mais, se mesmo sendo diferentes no fim, somos todos iguais, por mais fortes que sejamos somos frágeis demais.
MORAL: A arrogância e a vaidade nos faz desatentos e revela a nossa fragilidade, e isso pode ser mortal.