O espantalho
A plantação não estava lá aquelas coisas. O que deveria estar verde, amarelava, exceto em volta do espantalho, e o que se esperava colher não era possível saber.
Nem um passarinho sequer ousava chegar perto, somente sobrevoavam acima do espantalho que sentia orgulho de si mesmo, mas também, sentia vontade de ser como os pássaros e poder ser livre para conhecer o céu.
Como ele não podia, contrariado, se mostrava poderoso assustando as aves que de longe o observavam.
Já os pássaros, pouco ligavam para a plantação. Tinham o sol, o vento e encontravam alimento em outros lugares. Ao contrário do que o espantalho pensava, eles não sentiam medo, sentiam pena do boneco preso e respeitavam seu "sagrado" plantio quase sem vida. Por isso, voavam sobre ele e jogavam sementes mantendo vivo o que estava a seu redor.
Moral: O apego a coisas materiais nos tornam prisioneiros de ilusões. O orgulho cega e nos afasta daquilo que nos faz bem. O "medo" não é real! Ainda assim, o bem deve ser espalhado mesmo que não seja visto.