O SOL E A LUA

A lua estava feliz pois podia brilhar à noite e o sol, também contente pois durante o dia irradiava calor e vida sobre todo o Planeta Pitaco.

Mas, os habitantes do planeta estavam insatisfeitos. Quando era noite reclamavam que faltava o calor do sol e quando era dia, sentiam falta do brilho da lua.

Era um impasse que o sol e a lua vivenciavam todos os dias.

Resolveram tomar uma decisão drástica: atender a todos os pedidos.

Se reclamavam que queria sol, lá vinha o sol, brilhando intensamente com sua luz quente e reluzente agradar ao desejo de um pedinte.

Mas, se de repente, outro pedia a lua e para não desagradar a este outro, lá vinha a lua com seu brilho cálido iluminar aquele olhar apaixonado.

Assim viveram por um bom tempo, até que um dia...

Bem, os pedidos estavam demais. A mesma pessoa pedia sol e daí a um segundo pedia lua. Um outro pedia lua e daí a um milésimo de segundo pedia sol.

A confusão ficou geral. Sol e lua não descansavam, não dormiam, não sonhavam e não tinham paz. Foi um holocausto. Acabaram as estações do ano. Na mesma hora que haviam flores o inverno chegava congelando tudo e se de repente estavam na estação das frutas de repente era verão, com aquele calor impressionante.

Com olheiras profundas, sol e lua resolveram se sentar para uma conversa definitiva.

- Sol, o que vamos fazer com tanta insatisfação? - a lua iniciou a conversa.

- Estive pensando, Lua - foi dizendo o Sol - precisamos dar um corretivo nesses pitaquenses insatisfeitos e cansativos.

Pensaram, pensaram e resolveram tomar a seguinte decisão.

O sol colocou tampões nos ouvidos. Não ouvia mais lamentos nem clamores de que estavam sentindo calor ou de que estavam sentindo frio E a lua, apaixonada pelo sol, colocou uma música romântica para que ouvisse apenas palavras de amor que remetessem ao seu querido e amado amor.

E os habitantes do Planeta Pitaco? Bem, os pitaquenses reclamam até hoje, mas sol e lua cumprem seu papel certinho no comando do Planeta Pitaco.

O que restou desta história? Os olhares apaixonados e os suspiros profundos dos casais em noite de lua cheia. Sim, reflexo da paixão da lua pelo sol...

Moral da história: A criação é obra de Deus e tem o seu próprio ritmo.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 17/09/2019
Reeditado em 18/09/2019
Código do texto: T6747327
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