O Rato
Sobre a campina um Rato já dormia enquanto a casa na colina lhe era proibida.
Um dia por conselho de seu pai dizia que naquela cozinha jamais deveria entrar, pois um Gato gordo e enorme iria o devorar.
Ainda neste dia um delicioso cheiro faz a barriga de nosso pequeno amigo rosnar, ansioso e faminto ele advertência ignorou.
Furtivo pela relva se escondia para seu objetivo alcançar.
Sobre as paredes de madeira seus pequenos braços o guiaram e ali na beirada de bruços sobre o vidro da janela seu nariz cheirava e a língua gotejava o banquete que sobre a mesa se mostrava.
Eram tantas delícias e cheiros que o Rato nunca sentiu ou viu.
Seus olhos brilhavam e a barriga chiava até o ponto de tornar-se irresistível.
Em um ato de inconsequência o fez lançar-se por debaixo de um pequeno espaço que havia na janela.
O Rato então sem demora e nem noção começou a deliciar-se de cada coisa que havia sobre a mesa, começou pelo queijo e acabou no pão.
Terminado, já saciado de barriga cheia e todo estufado, decidiu deitar-se sobre um salsão.
Mas que avisa amigo é, não que o Gato asqueroso chega manhoso de pé em pé.
E quando pula na mesa o Rato sacode seu roliço corpo para sair do enrosco.
Corria para cima e para baixo e o malvado felino não lhe largava, por mais que tentava.
Foi até então que em seu socorro apareceu seu pai que lhe abriu a janela para que fugisse por ela, assim que ele passou o vidro então fechou deixando o repulsivo Gato.
Chegando em casa acompanhado pelo pai o roedor mais novo escuta com a voz astuta do sábio e vivente guardião:
Quando lhes contei minha história, não pura ilusão, pois quando mais novo passei pela mesma situação.
Agora feliz e aliviado o Rato já desposado confira o seu legado para que não caiam nas garras do Gato sem razão.