BRASIL NA GUERRA FRIA
Com o final da segunda guerra mundial, o exército brasileiro parecia ser um bom caminho para Francisco José, filho único de dona Flor e seu Joaquim, pequenos fazendeiros do interior em Itapipoca. Com dois anos após o ingresso nas forças, particularmente no 23° Batalhão de Caçadores, dona Flor toma o maior susto de sua vida, pois a carta de Francisco era bem clara, ele iria para a guerra. Quando seu Joaquim chegou em casa encontrou Florzinha churumigando pelos cantos da casa.
-- que foi meu amor?
-- Francisco, foi Francisco!
-- o que tem Francisco? Já em tom de preocupação
-- Francisco, foi Francisco. Chorando intensamente
-- Francisco morreu?
-- morreu não, ainda não, mais vai morrer.
-- ta doente? Tá? .
-- não, não. Chorando bruscamente.
-- tá ferido, levou um tiro?
--não
-- não o quê? Já puto.
-- não é isso, é a guerra!
-- que porra de guerra!
-- ele foi convocado pra guerra
-- ta doida é? A guerra se acabobu, fazem dois anos.
-- é a guerra da Coreia!
-- de onde?
-- COREIA.....
-- que merda de Coreia é essa? Pensou Joaquim.
Nota do autor:
Embora o Brasil só tenha mandado medicamentos e café para a guerra da Coreia, foram chamados parte do contingente da nossa tropa para serem treinados e posteriormente serem enviados para o front coreano, inclusive nosso personagem, que sempre foi tratado como ex combatente, o que lhes rendeu muitos privilégios.
BRASIL NA GUERRA FRIA.
Fred Coelho -- 2017