A FLOR E O CRAVO
A Flor morava no jardim. Havia algum tempo andava muito brava com um Cravo vermelho que se achava maioral. Ele desfilava sua cor ostentando o tom forte como a dizer:esse sou eu.
A Flor era tímida mas possuía um cheiro admirável. Seu cheiro incomodava o cravo que estava sempre reclamando e com ojeriza daquela flor atrevida que fazia seu cheiro ser mais perfeito que a cor que ele próprio ostentava.
E, assim viviam descontentes esquecendo de aproveitar as suas qualidades.
No tempo corrido da vida os desentendimentos eram constantes.
Um dia a flor reclamava, outro dia o cravo reclamava. Sempre a observar vivia um beija flor. Ele no seu discernimento compreendia a perfeição de cada um dos envolvidos no fato e numa tarde ensolarada resolveu intervir.
- Oi cravo, ja observou os olhares da flor para o senhor? - começou - percebeu o quanto ela o admira? - concluiu.
Essa fala do beija-flor deixou o Cravo inquieto. Será que seu sentimento seria de admiração, mas que não conseguia se expressar?
Enquanto o cravo ficava matutando as palavras do beija-flor o beija-flor foi ter com Flor.
- Oi Flor, já percebeu o quanto o cravo a observa? - assim iniciou a conversa - viu nos olhos dele uma admiração sem fim? - finalizou a conversa.
A flor ficou pensativa. Nunca havia parado para pensar mas realmente ela admirava o cravo.
A flor e o cravo escolheram uma tarde para conversar. Conversa vai, conversa vem se perceberam como amigos. Quanto tempo haviam perdido com bobagens. Reataram a amizade. Passaram a conversar longamente pelas tardes ensolaradas.
A vida para a Flor e para o Cravo, ficou mais leve, mais divertida, mais feliz. Isso observava o beija-flor que de longe ficava olhando.
Moral da história: É preciso aceitar o outro.