O GATO E O RATO
Havia um gato muito faminto. E havia um rato muito esperto. Todos os dias era aquela confusão pelo porão da casa. O cão da casa passava a noite tentando dormir e o gato passava a noite tentando matar sua fome. E o rato? Bem esse vivia serelepe de um lado para o outro, fazendo a sua festa.
Certa noite o gato sentou com o cachorro da casa para arrumarem um jeito de darem um fim no rato. A conversa iniciou animada.
– Precisamos dar um fim nesse rato – disse o gato.
– A solução é armar uma ratoeira uma vez que não consegue vencer este espertalhão – disse o cachorro.
– Que nada, pego ele de primeira – afirmou o gato.
– Sim. Então como vai fazer? – questionou o cachorro.
– Vou… – olhou para um lado, para o outro e cochichou – tenho um plano.
Enquanto relatava seu plano percebeu que o rato havia chegado bem pertinho e que, claro, ouvia tudo. Guardou um pouco de seu relato para depois.
Chegou a noite e o plano foi posto em prática. O rato sabendo de (quase) todos os passos fez exatamente o contrário. Depois de horas de insistência o gato vendo a autoconfiança do rato pediu ao cachorro que o chamasse para uma conversa amigável (era hora do plano final).
– Veja, rato esperto, o gato nunca vai conseguir te pegar. Que tal serem amigos? – falou o cão com ar de conciliador – quem sabe assim consigo dormir – concluiu .
– Nunca vou conseguir te pegar, mesmo. Você é o rato mais esperto deste planeta? – falou o gato fazendo-se de humilde.
O rato sentindo-se o maioral concordou.
Prepararam um almoço para selar a amizade. A refeição foi servida e faltava o bife. O rato começou a desconfiar mas se achando muito esperto continuou sentado à mesa. O cão observava tudo com atenção. O gato disfarçava a ansiedade. Esperou uma fração de segundo de distração do rato e záz. Era uma vez um rato.
Moral da História: É preciso ter cuidado com o excesso de autoconfiança.