Um Povo Feliz
Candaral era uma pequena vila de Gnomos, que ficava no meio da Floresta Mãe, a maior floresta de toda a terra do leste e considerada o berço da criação de tudo. A minúscula população da vila, era muito conhecida por sua alegria. Sempre havia motivos para festejar, tudo era levado no bom humor mesmo que não tivesse nada bem. Fazia um tempo Candaral passara por momentos difíceis, o gnomo rei sumiu com todo o ouro da cidade. Agora era difícil comprar nozes dos esquilos albinos, que em minha opinião tinham a melhor plantação de nozes de todos os reinos. Tão pouco dava pra comprar o néctar da princesa beija-flor. Assim a vida seguia com dificuldade, mas sem perder a alegria.
Em um dia tranqüilo e ensolarado como qualquer outro, Aluy um Gnomo muito conhecido por sua falta de alegria, andava pela floreta atrás de mantimentos. Seu humor ia realmente de mal a pior, não conseguia entender como todos podiam festejar com uma crise atingindo-os. Pra ele era tudo de uma estupidez sem tamanho. Continuou a caminhar e colher pequenas sementes que encontrará no chão, até que ouviu um grande grito de dor. Assustado, pensou em ir embora, mas a curiosidade falou mais alto. Seguiu em direção aos berros de socorro e quando chegou atrás de um tronco podre, estava uma criatura que ele nunca tinha visto pela floresta. O ser estranho tinha grandes garras, um bico fino como espada, e duas enormes asas. A criatura era uma harpia, mas o gnomo nunca ouvirá falar antes.
-esta tudo bem? – disse o assustado pelo tamanho da harpia
-oh... Pequena criatura me ajude.
Aluy reparou que a ave estava com uma das asas quebrada e a garra preza entre o tronco e o chão. Mesmo que tentasse, sozinho jamais conseguiria ajudar.
-não tenho força pra lhe ajudar senhor...
-meu nome é Jaruu. Rei de um lugar distante, e por falar nisso. Onde estou?
A ave tinha uma voz imponente e parecia ser tudo o que realmente dizia. Aluy respondeu todas as perguntas da ave e de sobra contou toda a historia que seu povo passava. Tiveram uma conversa longa e amigável. Jaruu que era muito bom em Retórica Rapina, contou todos os seus feitos em seu reino e em outros reinos vizinhos. Disse que os problemas de Candaral tinham solução, bastasse que eles dessem o poder a criatura certa. Ao final da longa conversa Aluy saiu feliz do lugar, correndo o mais depressa possível, pra levar as boas novas aos Candarianos, sobre seu amigo e as soluções dos problemas. Na tarde seguinte todos estavam lá para observa, ouvir e ajudar Jaruu. Ele novamente repetiu suas historias sobre seus feitos. Falou sobre honestidade dizendo ser o grande problema de Candaral, já que seu rei desapareceu com todo ouro. Garantiu que assim que melhorasse ele mesmo resolveria os problemas de todos. Para que isso realmente acontecesse foi acordado que todos ajudariam a ave a se recuperar e depois ela, como o novo Rei de Candaral faria sua parte, era uma troca mais que justa.
Os dois primeiros dias, eles se dedicaram a matar a fome e a sede da ave, que não se alimentava há tempos. Levaram frutas, raízes e sementes que ainda tinham como mantimento. Todo o esforço parecia ter retorno garantido. Ao terceiro dia se uniram para cuidar da saúde do seu novo Rei. Levaram medicação, concertaram à asa quebrada e com muito esforço cortaram o tronco onde a ave estava presa.
Na semana seguinte era de conhecimento de todos que o Rei estava em perfeita saúde e até havia levantado vôo. Para comemorar os novos dias que viriam, fizeram uma grande festa. Deixaram tudo pronto para que, assim que o rei retornasse. Logo após o começo da festa sentiram um forte vento, que destruiu mesas e os pequenos troncos que usavam como cadeiras. O pânico se instalou e cada um tentava se proteger como conseguia. Três gnomos haviam sumido com o vento, alguns segundo depois, novamente o vento destruidor passou, foi quando ao olhar pra cima, Aluy viu o rei com dois Gnomos em suas garras e um bando de harpias sobrevoando eles, e naquele momento ele percebeu que estavam todos sendo devorados pelo Rei, que eles ajudaram a coroar.