QUEM NÃO TRABALHA ALGUM PRODUTO TEM QUE DAR !

QUEM NÃO TRABALHA ALGUM PRODUTO TEM QUE DAR !!!

Por: JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

Em uma fazenda chamada "Vila Feliz" e o seu proprietário vivia muito bem com a sua família, seus poucos funcionários e toda sua criação.

Era uma fazenda muito harmoniosa. Todos tinham funções específicas. Não tinha uma árvore sequer que não desse frutos. Pois seria cortada transformada em lenha, assim dando lugar a outra que desse frutos.

O mais interessante, é que até os animais desta fazenda também tinham suas funções parecendo que alguém os ensinara. Começando pelo cachorro que era o guardião da área. Ele além de anunciar a presença de pessoas de fora, também servia para caçar e afugentar as raposas que rondavam o galinheiro na esperança de papar alguma galinha nas caladas da noite ou os pombos de raça campeões de exposições.

O gato tinha a sua função de capturar os ratos calungas que por ali aparecessem para danificar as sacas de cereais no interior do celeiro, e nas horas vagas distrair os bebês dentro do quarto.

O bode, fuçava sempre o terreno e comia tudo que encontrava pela frente sempre mantendo limpo o terreno da parte de trás do sítio. O cavalo servia de montaria e puxava a carroça do fazendeiro. Os carneiros liderando suas familias e garantindo a reprodução crescente do rebanho. Os pavões embelezavam os campos da fazenda. Os patos e as patas em companhia dos gansos não deixavam escapar nenhuma barata, escorpião ou qualquer inseto indesejável. Até os peixinhos da lagoa, davam conta das lavas dos mosquitos eles as comiam.

As cabras, produzindo leite de primeira qualidade e cuidando dos seus filhotes saltitantes e alegres.

O boi, pastorando o pasto, tomando conta das vacas, servia também para para puxar o arado do fazendeiro e era um excelente reprodutor.

As vacas, nem precisamos imaginar o que elas faziam; É claro que produziam leite em larga escala que logo virava queijo e outros derivados para alegria e felicidade geral de todos que por ali residiam.

O galo, era o despertador da fazenda, dono das galinhas e guardião do terreiro e sempre espancava um gavião malandro que algumas vezes fazia vôos razantes da tentativa de capturar algum pintinho ou codorna para devorar. Enquanto isso, o papagaio tagarelava o dia inteiro com as araras azuis sem parar alegrando o ambiente em conjunto com o canto dos canários belgas, periquitos da austrália e as sabiás que cumprimentavam com seus cantos, os beija flores.

E as ovelhas? essas aí, produziam suas belíssimas e macias lãs e dava gosto toca-las eram animais muito dóceis e limpos.

E o porco?, esse aí não fazia nada. passava a maior parte do tempo mergulhado na lama até o focinho, comendo e toda hora sujando tudo a sua volta obrigando o fazendeiro limpar a todo momento aquela sujeira.

Na prática, ele não servia para nada e não fazia nada pela fazenda. E o fazendeiro já havia o observado á tempo com a mão no queixo e as vezes pensativo. O que estaria pensando aquele fazendeiro?

Mas, os outros animais preocupados e com a intenção de ajudar o porco, sempre o advertiram; " Cuidado amigo porco procure alguma coisa para fazer. O fazendeiro está de olho em você. Quem não trabalha algum produto tem que dar".

Mas o porco não levava a sério, e sempre sorrindo e prosando, levava a mesma vidinha e todos os dias os animais o advertiam " cuidado amigo porco quem não trabalha, algum produto tem que dar". Mas ele nem sequer ligava e saia rindo da cara dos animais que o advertiam. Até que um belo dia surge uma notícia nova que deixou todos os animais da fazenda preocupados com a novidade nada agradável para todos, e haveria alguma alteração naquele momento. Alguma coisa ruim iria acontecer.

É que um fazendeiro vizinho de alguns poucos quilômetros com sua família iria visitar a Fazenda "Vila Feliz" no ultimo domingo do mês e eles já estavam na sexta-feira.

Sendo que este visitante ilustre e sua família, tinham uma predileção muito grande por carne suína. Nada escapada dele, desde um pernil, linguiça, sarapatel e bisteca. Tudo suíno assim ele solicitou ao amigo essa iguaria pelo telefone e que não lhe foi negada naturalmente. Assim sem pestanejar, o nosso fazendeiro preparou uma tremenda faca e uma grossa barra de ferro.

Assim, ele mesmo o fazendeiro sacrificou o porco na madrugada de sábado para domingo, transformando assim o porco numa suculenta e cheirosa refeição com direito a farofa salada, frutas e vinho para o visitante ilustre com a sua família, assim também para o pessoal da fazenda.

Depois da grande ceia, ficaram apenas as sobras, que mais adiante foram misturadas com a ração, servido assim de alimento para os animais da fazenda.

E assim, seguiu-se a vida na fazenda " Vida Feliz". Cada qual no seu canto na mesma rotina menos o porco que não estavam mais entre eles.

MORAL DA HISTÓRIA: " QUEM NÃO TRABALHA, ALGUM PRODUTO TEM QUE DAR. NÃO HÁ NADA NESTA VIDA QUE VENHA DE GRAÇA PARA NOSSAS MÃOS. ELE SEMPRE TEM UM PREÇO A NOS CUSTAR "

JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

jjsound45@gmail.com

jjsound51@r7.com

José Joaquim Santos Silva
Enviado por José Joaquim Santos Silva em 12/04/2017
Código do texto: T5968803
Classificação de conteúdo: seguro