O Rei e Suas Feiurinhas
Havia um invejoso rei, que queria ser o mais importante de todos. Ele não admitia que ninguém fosse mais rico que ele.
De fato ele possuía muitas riquezas e nenhuma pessoa no reino se equiparava a ele em conquistas.
O rei possuía uma esposa, feia, má e invejosa. Mas não percebia isso. Ela o manipulava e enganava, mas o rei pensava que sua esposa era uma pessoa virtuosa e boa. Ele tinha duas filhas tão feias quanto a mãe e elas não gostavam do pai. Apesar de serem criadas no luxo e frequentarem as mais ricas e caras casas para educação de meninas, não se conseguia transformá-las em princesas. Pois as duas apesar de aparentemente serem doces, haviam herdado a maldade da mãe e sempre tramavam contra seu pai ou quem quer seja que lhes provocassem. E qualquer coisa era motivo de descontentamento das feias e egoístas meninas.
Elas moravam num grande e luxuoso palácio, tinham carruagem a disposição, jóias, vestidos e festas. Seu pai vivia sempre muito ocupado, conquistando terras e riquezas, para satisfazer o luxo e a vaidade de suas feias filhas e de sua horrível esposa.
No reino ninguém entendia o porque do rei, sendo tão esperto, inteligente e bem sucedido nos negócios, não perceber que sua família era tão feia e má. Claro que o rei também não era uma pessoa virtuosa, tinha também muitos defeitos. Mas a imbecilidade que assumia diante de suas feias criaturas e de sua esposa tão feia quanto, intrigava a todos que assistiam a bizarra família...
O rei tinha os olhos amaldiçoados e tudo para onde olhava destruía. Ele destruía a saúde das pessoas, suas finanças e só se sentia bem se quando olhasse para as pessoas essas estivessem infelizes. Ele fugia de pessoas que vivessem felizes. Evitava sempre, pois a felicidade dos outros o incomodavam deveras.
O rei não entendia o porque de sua infelicidade, apesar de ter tudo que quisesse, nada o satisfazia, ele era irritado e as viagens que fazia, as bonitas roupas que vestia, ou as carruagens que possuía não lhes davam prazer. Ele era muito infeliz. Portanto seus súditos tinham que ser infelizes também.
O que o rei não sabia era que ele só seria feliz, quando ficasse feliz com a felicidade dos outros.
Que só sentiria feliz quando proporcionasse aos outros felicidade e bem estar. Mas o rei era orgulhoso demais para isso.