CONTO DE UM CONTO CONTADO DE UM VELHO PESCADOR
Dia lindo o oceano brando ondas longas, surfistas pegando um marouço (onda) legal, maré propícia para esse esporte. Sol a pino, A mareta (onda) ia de encontro às pedras e espalhava escuma por toda a praia exalando uma maresia gostosa. Jangadas e barcos atracados esperando o mar vazam para os pescadores sair para suas coações (obrigação) a pescaria, os materiais embarcados, todos reunidos na margem fazendo as obrigações. Ou seja, cantoria e oferenda para a dona do mar. Sentada em uma rocha admirando o nascer do sol, recordando e cantando o refrão de uma música de um amigo parceiro o poeta Walmir Mota da Encarnação (Bibil) denomina O PEIXE que tem o seguinte refrão (ê olhe o peixe, ê olhe o peixe no mar. Menino pega a poita da jangada e joga em cima, se benza por três com água do mar, o vento soprando maré balançando, vamos menino, vamos velejar camisa de chita acenando ao vento. Menino moleque lá do chega negro, seu corpo é negro queimado do sol, menino moleque da beira da praia a vai ser pescador para não ser o pior), para é penso viajo no tempo. Lembro de um amigo meu pescador o lendário Braz. Grande contador de histórias de pescadores. Ele dizia o mar não tem cabelo começa com, M mais não é mulher. Com o mar não se brinca tem seus segredos. Demorei muito para entender o que significava esse enigma do velho pescador. Não era culto mais tinha sabedoria. Conhecia o mar como ninguém era mais de setenta anos naquela vidinha do mar. E do mar para o boteco do boteco para o mar. Só não ia o mar quando o nordeste (vento) ou sul caia.
Era aragem que trazia sujeira. Ele chegava à beira da praia pegava uma folha ou um pedaço de papal jogava para o alto e dava aquele sorriso maroto e dizia. Se quiserem ir vão eu não vou o mar não está para pesca vem sujeira por ai, era um vento forte. Que poderia ser um sul ou nordeste. Que ia cair, ai voltava ao boteco (barzinho) batia uma (tomava um gole de cachaça) para conta seus causos
As gaivotas bailavam o seu canto levado pelo vento suava nos ouvidos dos pescadores como som de uma trombeta anunciando um novo dia. A lenda diz quando essa ave canta é bom sinal tem peixe em abundância. Apesar de alguns nativos descrentes acharem que quando a gaivota canta é sinal de perigo no mar. Ou seja, vento forte bagaceiro, temporal.
Quando um dos pescadores observa as águas agitada todos assustados com a aproximação de um peixe gigantesco aos gritos um dos pescadores aponta em direção norte olha um tubarão lixa outros e um grande tubarão branco, outros a baleia branca ou um cachalote (filho de baleia) quando um pescador explanou gaivota cantou perigo à vista estou fora. Hoje eu não saio daqui. Não sou louco tenho família. Uma senhora aproxima-se calmamente e exclama é uma baleia branca ou albina aparece de cem em cem anos é sagrada é alcunhada pelos africanos de mensageira da rainha e quem prever se o temporal vai passa ou não Todos podem Ficar tranquilo o temporal vai passar vai ter boa pescaria.
Todos ficam assustados com aparecimento repentino daquele animal e no mesmo tempo. Daquela senhora estranha, apesar da idade era linda seus cabelos longos cor de ébano, olhos azulados cor do mar, corpo torneado bem desenhado e cuidado não tinha uma ruga, uma flor de rosa graxa nas madeixas. Vários colares brilhantes no pescoço Os pescadores ficam assombrados por que a figura surgiu do nada. Eles nunca tinham visto aquela figura na área. Um dos pescadores. Assombrado pergunta quem tu es. Ela ri suspira e responde sou a Sinhá Aninha. (Iemanjá) Um dos pescadores incrédulo te retrucou Aninhas nossa protetora. Sai para lá jacaré quem te deu essa ousadia de se passar por uma divindade. Você deve ser o demônio ou esta embriagada. Ou manifestada por alguma pomba gira. Respeite as coisas divinas
Ela, calmamente dar um sorriso e retruca. Escuta essa história e começou a explana. Deus no princípio criou o céu e a terra, a terra era vazia, havia trevas sobre a face dos abismos e o espírito de Deus se locomovia sobre a face das águas. Deus disse haja luz houve luz, Deus viu que era boa a luz, fez a separação entre a luz e as trevas e Deus chamaram à luz dia e ás trevas noite. E foi a tarde e a manhã o dia primeiro. Deus disse haja uma expansão no meio das águas e águas, e faz a separação ás águas que estavam sobre a expansão. E assim.
Chamou Deus à expansão Céus. E foi a tarde e amanhã, o dia segundo. Disse Deus ajuntarem-se as águas debaixo dos céus num ambiente apareça a porção seca. E assim foi, chamou Deus a porção seca terra. E o ajuntamento das águas chamou de mares. E viu que era bom e disse. Produza a terra erva verde, erva que de semente, árvore frutífera que de frutos segundo a sua espécie,
Cuja semente esteja nela sobre a terra. E assim foi. Daí Deus criou os animais, répteis, peixes, etc. e em fim criou o homem e da costela do homem criou a mulher.
Dividiu em território deu a cada anjo as suas obrigações um cuida dos peixes e tudo que existe no mar (que os africanos denominaram de Iemanjá). Mãe dos outros orixás. Divindade do mar e da água doce. É simbolizada por pedras marinhas e conchas sincretizada com nossa senhora da Conceição, seu dia é o sábado, suas contas são transparentes como cristal. Gosta de Bode milho branco com azeite, cebola e sal. Dança com o A bebê na mão com movimentos interpretativos das águas. (XANGÓ) divindade do trovão e do raio. Simbolizado pela pedra do raio e o Ochê (machado duplo) Sincrenizado São Jerônimo. Suas contas brancas e vermelhas. Seu dia, e quarta feira. Gosta de amalá (caruru). Sacrificam-se lhe carneiro, galos e cagados Dança com dignidade viril e guerreira, pois era rei dos iorubas oyo. Iansã ou oyá esposa de Xangô, divindade dos ventos, das tempestades e do rio Niger. De temperamento forte, sensual e autoritário. E o único Orixá capaz de enfrentar os Eguns ou espíritos dos mortos, sincronizada com Santa Barbara. Suas contas são roxas, Seu dia quarta feira. Gosta de acarajé e não suporta abobara. Sacrificam-se lhe cabras, Dança agitando os braços como que enxotando almas ou com alfam e um Eruexim de rabo de cavalo. Oxum segunda mulher de xangô. Divindade do rio Oxum, feiticeira vaidosa, simbolizada com Nossa Senhora das Candeias e nossa Senhora Aparecida. Suas contas são amarelos-ouro. Seu dia, é sábado, gosta de Mulucu, feito de cebola de Pete –inhame com camarão e cebola. Dança com A bebê na mão, fazendo mímicas de quem se banha no rio, penteia os cabelos, alisa as faces, põe colares e sacode os braceletes que lhe enchem os braços.
Oxum are E o arco-íris. Simbolizado por cobras de ferro Sincretizado com São Bartolomeu. Suas contas são verdes e amarelas. Seu dia, terça-feira, Gosta de caruru e de feijão com milho, cebola azeite e camarão. Dança mostrando o céu e a terra. Levando nas mãos as cobras de ferro.
Naná Buruku. Mãe de Omulu, A mais velha da divindade das águas. Sincretizada com Santa Ana, Suas contas são brancas, vermelhas e azuis. Seu dia, a terça-feira. Gosta de caruru sem azeite, porem bem temperado Dança com dignidade, levando ebiri na mão.
Omolu ou Obaluayê. Divindade da Bixiga e doenças. Sincrenizada a São Lazaro ou São Roque. Suas contas vermelhas ou pretas e brancas. Seu dia é segunda-feira. Gosta de pipocas e de aberém, massa de milho branco assado em folhas de bananeira. Dança ao ritmo denominado Opanige, o rosto e o corpo coberto de palha e o xaxará, lança ou gancho, na mão. Sua dança é a mímica dos sofrimentos, das doenças, convulsões, coceiras, tremores de febres e do andar de corcundas deformadas
Oxalá. Divindade da criação. O grande Orixá é simbolizado por pedacinho de marfim dentro de um anel de chumbo. Sincretizado com nosso Senhor do Bonfim. Seu dia é a sexta-feira. Suas contas são brancas. Gosta de comida branca, acaçá, ebó de milho sem azeite nem sal, que lhe são proibidos, orí (limo da costa) com água. Sacrificam-se lhe animais brancos, catassssol e conquêm.
Em sua forma de OXALUFAN, dança curvada como velho alquebrado, corcunda, apoiando-se se num cajado de metal branco. Cuja extremidade superior termina em forma de um pássaro. Em sua forma de OXAGUIAN é um guerreiro vestido de branco que leva espada e escudo e uma mão de pilão amarrada à cintura.
Como se ver os escravos para enganarem o proprietário (ou senhorios) do engenho e capatazes associaram a imagem dos santos católicos aos seus deuses, ou seja, aos ORIXAS.
Como vocês nos seus cânticos citam. Quando venho de aruanda ou seja quando venho do céu, eu venho só. Eu deixo lá pai, eu. Abandono lá vó (Eu deixo lá pai filho e espírito santo).
De repente no céu azul formou-se um arco-íris acompanhado com um vento sul, relâmpago e trovão, a embarcação subia e descia entre as ondas parecendo palitos de fofaras, todos correram para agasalha-se entre as barracas dos pescadores localizadas na beira da praia.
Maré subia, maré descia os pescadores preocupado com a situação que se desenrolava, muita chuva a água do mar ficou barrenta todos estavam com muito medo. Quando a dita senhora que tinha sumido reapareceu trajando uma bata branca muito bonita e entoou um canto (Vi Janaina na beira do mar. Com seu adedé a me cumprimentar)
Ou seja, um ponto saudando YEMANJÁ, O mar subiu ninguém sentiu entre a onda ela surgiu acenando para os pescadores e chamando. Venham entra na água venham pescar. O incrédulo tremula deu um passo à frente entrou o temporal passou. A mulher virou azougue sumiu pelo mar adentro o céu azulejou o sol brilhou. O incrédulo desapareceu dizem os pescadores que iemanjá o levou depois de alguns dias ele retornou a praia dizem que esteve na casa da rainha. E que seu nome é Aruam (O homem que veio do Mar) nunca mais pescou vive vagando pelas beiras das praias os africanos o chamam de marujo. Os protetores dos pescadores recebem a oferenda de cerveja. Essa é mais uma estória dos nossos heróis pescadores a quem faço homenagem. Velho Braz, Ulisses filho de 0gum, ogam de faca. De Menininha do Gantuá. Pescador das praias de arembepe, jauá, e da pedra que ronca em Itapoá, Nunes, Juvenal mestre de trem do leste brasileiro, Demerval, Agildo, Waldemar pescador da colônia de pesca da pituba, aos pescadores da rampa do mercado modelo muitos outros heróis anônimos que vivem ariscando as suas vidas pelo mar adentro. Para abastecer o mercado pesqueiro da nossa Bahia enfrentando sol e chuva desafiando grandes mares. E a explorações de atravessadores e falta de apoio do governo.
Em cada barzinho que para conta a sua história e conserva as suas crenças.
Esse conto me foi contado por pescadores em uma bela noitada na praia de chega negro aguardando uma puxada de rede de xaréu. Tem metade ficção e a outra verdade verdadeira vem de uma longa viagem da minha mente fértil de um sonhador apaixonado pelas belezas marinhas.
Dia lindo o oceano brando ondas longas, surfistas pegando um marouço (onda) legal, maré propícia para esse esporte. Sol a pino, A mareta (onda) ia de encontro às pedras e espalhava escuma por toda a praia exalando uma maresia gostosa. Jangadas e barcos atracados esperando o mar vazam para os pescadores sair para suas coações (obrigação) a pescaria, os materiais embarcados, todos reunidos na margem fazendo as obrigações. Ou seja, cantoria e oferenda para a dona do mar. Sentada em uma rocha admirando o nascer do sol, recordando e cantando o refrão de uma música de um amigo parceiro o poeta Walmir Mota da Encarnação (Bibil) denomina O PEIXE que tem o seguinte refrão (ê olhe o peixe, ê olhe o peixe no mar. Menino pega a poita da jangada e joga em cima, se benza por três com água do mar, o vento soprando maré balançando, vamos menino, vamos velejar camisa de chita acenando ao vento. Menino moleque lá do chega negro, seu corpo é negro queimado do sol, menino moleque da beira da praia a vai ser pescador para não ser o pior), para é penso viajo no tempo. Lembro de um amigo meu pescador o lendário Braz. Grande contador de histórias de pescadores. Ele dizia o mar não tem cabelo começa com, M mais não é mulher. Com o mar não se brinca tem seus segredos. Demorei muito para entender o que significava esse enigma do velho pescador. Não era culto mais tinha sabedoria. Conhecia o mar como ninguém era mais de setenta anos naquela vidinha do mar. E do mar para o boteco do boteco para o mar. Só não ia o mar quando o nordeste (vento) ou sul caia.
Era aragem que trazia sujeira. Ele chegava à beira da praia pegava uma folha ou um pedaço de papal jogava para o alto e dava aquele sorriso maroto e dizia. Se quiserem ir vão eu não vou o mar não está para pesca vem sujeira por ai, era um vento forte. Que poderia ser um sul ou nordeste. Que ia cair, ai voltava ao boteco (barzinho) batia uma (tomava um gole de cachaça) para conta seus causos
As gaivotas bailavam o seu canto levado pelo vento suava nos ouvidos dos pescadores como som de uma trombeta anunciando um novo dia. A lenda diz quando essa ave canta é bom sinal tem peixe em abundância. Apesar de alguns nativos descrentes acharem que quando a gaivota canta é sinal de perigo no mar. Ou seja, vento forte bagaceiro, temporal.
Quando um dos pescadores observa as águas agitada todos assustados com a aproximação de um peixe gigantesco aos gritos um dos pescadores aponta em direção norte olha um tubarão lixa outros e um grande tubarão branco, outros a baleia branca ou um cachalote (filho de baleia) quando um pescador explanou gaivota cantou perigo à vista estou fora. Hoje eu não saio daqui. Não sou louco tenho família. Uma senhora aproxima-se calmamente e exclama é uma baleia branca ou albina aparece de cem em cem anos é sagrada é alcunhada pelos africanos de mensageira da rainha e quem prever se o temporal vai passa ou não Todos podem Ficar tranquilo o temporal vai passar vai ter boa pescaria.
Todos ficam assustados com aparecimento repentino daquele animal e no mesmo tempo. Daquela senhora estranha, apesar da idade era linda seus cabelos longos cor de ébano, olhos azulados cor do mar, corpo torneado bem desenhado e cuidado não tinha uma ruga, uma flor de rosa graxa nas madeixas. Vários colares brilhantes no pescoço Os pescadores ficam assombrados por que a figura surgiu do nada. Eles nunca tinham visto aquela figura na área. Um dos pescadores. Assombrado pergunta quem tu es. Ela ri suspira e responde sou a Sinhá Aninha. (Iemanjá) Um dos pescadores incrédulo te retrucou Aninhas nossa protetora. Sai para lá jacaré quem te deu essa ousadia de se passar por uma divindade. Você deve ser o demônio ou esta embriagada. Ou manifestada por alguma pomba gira. Respeite as coisas divinas
Ela, calmamente dar um sorriso e retruca. Escuta essa história e começou a explana. Deus no princípio criou o céu e a terra, a terra era vazia, havia trevas sobre a face dos abismos e o espírito de Deus se locomovia sobre a face das águas. Deus disse haja luz houve luz, Deus viu que era boa a luz, fez a separação entre a luz e as trevas e Deus chamaram à luz dia e ás trevas noite. E foi a tarde e a manhã o dia primeiro. Deus disse haja uma expansão no meio das águas e águas, e faz a separação ás águas que estavam sobre a expansão. E assim.
Chamou Deus à expansão Céus. E foi a tarde e amanhã, o dia segundo. Disse Deus ajuntarem-se as águas debaixo dos céus num ambiente apareça a porção seca. E assim foi, chamou Deus a porção seca terra. E o ajuntamento das águas chamou de mares. E viu que era bom e disse. Produza a terra erva verde, erva que de semente, árvore frutífera que de frutos segundo a sua espécie,
Cuja semente esteja nela sobre a terra. E assim foi. Daí Deus criou os animais, répteis, peixes, etc. e em fim criou o homem e da costela do homem criou a mulher.
Dividiu em território deu a cada anjo as suas obrigações um cuida dos peixes e tudo que existe no mar (que os africanos denominaram de Iemanjá). Mãe dos outros orixás. Divindade do mar e da água doce. É simbolizada por pedras marinhas e conchas sincretizada com nossa senhora da Conceição, seu dia é o sábado, suas contas são transparentes como cristal. Gosta de Bode milho branco com azeite, cebola e sal. Dança com o A bebê na mão com movimentos interpretativos das águas. (XANGÓ) divindade do trovão e do raio. Simbolizado pela pedra do raio e o Ochê (machado duplo) Sincrenizado São Jerônimo. Suas contas brancas e vermelhas. Seu dia, e quarta feira. Gosta de amalá (caruru). Sacrificam-se lhe carneiro, galos e cagados Dança com dignidade viril e guerreira, pois era rei dos iorubas oyo. Iansã ou oyá esposa de Xangô, divindade dos ventos, das tempestades e do rio Niger. De temperamento forte, sensual e autoritário. E o único Orixá capaz de enfrentar os Eguns ou espíritos dos mortos, sincronizada com Santa Barbara. Suas contas são roxas, Seu dia quarta feira. Gosta de acarajé e não suporta abobara. Sacrificam-se lhe cabras, Dança agitando os braços como que enxotando almas ou com alfam e um Eruexim de rabo de cavalo. Oxum segunda mulher de xangô. Divindade do rio Oxum, feiticeira vaidosa, simbolizada com Nossa Senhora das Candeias e nossa Senhora Aparecida. Suas contas são amarelos-ouro. Seu dia, é sábado, gosta de Mulucu, feito de cebola de Pete –inhame com camarão e cebola. Dança com A bebê na mão, fazendo mímicas de quem se banha no rio, penteia os cabelos, alisa as faces, põe colares e sacode os braceletes que lhe enchem os braços.
Oxum are E o arco-íris. Simbolizado por cobras de ferro Sincretizado com São Bartolomeu. Suas contas são verdes e amarelas. Seu dia, terça-feira, Gosta de caruru e de feijão com milho, cebola azeite e camarão. Dança mostrando o céu e a terra. Levando nas mãos as cobras de ferro.
Naná Buruku. Mãe de Omulu, A mais velha da divindade das águas. Sincretizada com Santa Ana, Suas contas são brancas, vermelhas e azuis. Seu dia, a terça-feira. Gosta de caruru sem azeite, porem bem temperado Dança com dignidade, levando ebiri na mão.
Omolu ou Obaluayê. Divindade da Bixiga e doenças. Sincrenizada a São Lazaro ou São Roque. Suas contas vermelhas ou pretas e brancas. Seu dia é segunda-feira. Gosta de pipocas e de aberém, massa de milho branco assado em folhas de bananeira. Dança ao ritmo denominado Opanige, o rosto e o corpo coberto de palha e o xaxará, lança ou gancho, na mão. Sua dança é a mímica dos sofrimentos, das doenças, convulsões, coceiras, tremores de febres e do andar de corcundas deformadas
Oxalá. Divindade da criação. O grande Orixá é simbolizado por pedacinho de marfim dentro de um anel de chumbo. Sincretizado com nosso Senhor do Bonfim. Seu dia é a sexta-feira. Suas contas são brancas. Gosta de comida branca, acaçá, ebó de milho sem azeite nem sal, que lhe são proibidos, orí (limo da costa) com água. Sacrificam-se lhe animais brancos, catassssol e conquêm.
Em sua forma de OXALUFAN, dança curvada como velho alquebrado, corcunda, apoiando-se se num cajado de metal branco. Cuja extremidade superior termina em forma de um pássaro. Em sua forma de OXAGUIAN é um guerreiro vestido de branco que leva espada e escudo e uma mão de pilão amarrada à cintura.
Como se ver os escravos para enganarem o proprietário (ou senhorios) do engenho e capatazes associaram a imagem dos santos católicos aos seus deuses, ou seja, aos ORIXAS.
Como vocês nos seus cânticos citam. Quando venho de aruanda ou seja quando venho do céu, eu venho só. Eu deixo lá pai, eu. Abandono lá vó (Eu deixo lá pai filho e espírito santo).
De repente no céu azul formou-se um arco-íris acompanhado com um vento sul, relâmpago e trovão, a embarcação subia e descia entre as ondas parecendo palitos de fofaras, todos correram para agasalha-se entre as barracas dos pescadores localizadas na beira da praia.
Maré subia, maré descia os pescadores preocupado com a situação que se desenrolava, muita chuva a água do mar ficou barrenta todos estavam com muito medo. Quando a dita senhora que tinha sumido reapareceu trajando uma bata branca muito bonita e entoou um canto (Vi Janaina na beira do mar. Com seu adedé a me cumprimentar)
Ou seja, um ponto saudando YEMANJÁ, O mar subiu ninguém sentiu entre a onda ela surgiu acenando para os pescadores e chamando. Venham entra na água venham pescar. O incrédulo tremula deu um passo à frente entrou o temporal passou. A mulher virou azougue sumiu pelo mar adentro o céu azulejou o sol brilhou. O incrédulo desapareceu dizem os pescadores que iemanjá o levou depois de alguns dias ele retornou a praia dizem que esteve na casa da rainha. E que seu nome é Aruam (O homem que veio do Mar) nunca mais pescou vive vagando pelas beiras das praias os africanos o chamam de marujo. Os protetores dos pescadores recebem a oferenda de cerveja. Essa é mais uma estória dos nossos heróis pescadores a quem faço homenagem. Velho Braz, Ulisses filho de 0gum, ogam de faca. De Menininha do Gantuá. Pescador das praias de arembepe, jauá, e da pedra que ronca em Itapoá, Nunes, Juvenal mestre de trem do leste brasileiro, Demerval, Agildo, Waldemar pescador da colônia de pesca da pituba, aos pescadores da rampa do mercado modelo muitos outros heróis anônimos que vivem ariscando as suas vidas pelo mar adentro. Para abastecer o mercado pesqueiro da nossa Bahia enfrentando sol e chuva desafiando grandes mares. E a explorações de atravessadores e falta de apoio do governo.
Em cada barzinho que para conta a sua história e conserva as suas crenças.
Esse conto me foi contado por pescadores em uma bela noitada na praia de chega negro aguardando uma puxada de rede de xaréu. Tem metade ficção e a outra verdade verdadeira vem de uma longa viagem da minha mente fértil de um sonhador apaixonado pelas belezas marinhas.