Então, faça-me um poema, disse o rei.
Não posso, respondeu o poeta.
Por quê? Seria eu um péssimo rei, indigno de um poema seu?
Não, meu rei! Não seria Vossa Majestade indigna de um poema meu. É que não tenho mais inspiração, ela escapou-me...
Entendo, amigo poeta. Mas não deixarás de ser poeta em minhas terras e viverás da glória dos poemas que escreveu para as mais diversas e cruéis batalhas, as quais vivemos e você lutou honrosamente a meu lado.
Após ouvir o rei, o poeta retirou-se. Montou seu cavalo e nunca mais foi visto em canto algum daquela reino. Alguns dizem que se tornou uma lenda ou um poema... Outros, que talvez tenha morrido de tristeza por não conseguir mais belos versos, escrever. Na verdade, ninguém sabe o que aconteceu de fato ao poeta, apenas que ele nunca mais foi visto. Porém, seus poemas jamais foram esquecidos. Certo dia, perguntaram ao rei: - Por onde anda o poeta do rei?
O rei respondeu:
Não sei! Sei apenas que seus poemas estão vivos em meu coração. Nos piores momentos, alimentaram minha fé, deram-me coragem para lutar reacendendo minha paixão pela vida. Assim devem ser os poemas, inesquecíveis e nos dar esperança para vencer as batalhas que surgem dia a dia.
10.01.16
Nota:
Entre os séculos VIII e IX a.C., a Antiga Grécia, viveu o chamado Período Homérico, isto é, o período que sucedeu a fase arcaica e o período das culturas de Creta e Micenas. Esse período recebeu esse nome por causa da figura do poeta Homero, considerado o autor das epopeias Ilíada e Odisseia, que versam sobre a guerra de Tróia e os feitos heróicos de Ulisses. Há uma discussão entre especialistas que procura saber se Homero realmente existiu ou é uma figura lendária, bem como se seus poemas são copilações de mitos e lendas populares ou possuem a originalidade de um gênio. Na antiga civilização grega (e também na romana), a concepção de educação era bem diversa do modelo educacional que se desenvolveu na modernidade. O que havia de mais importante na formação de um cidadão era a imitação dos grandes modelos, sobretudo dos modelos heroicos, que eram a expressão de virtudes como prudência, astúcia e coragem: características essenciais para a ação na vida prática.
Revisão: CSVF