O sabiá e o sapo
Joyce Lima, Itagibá, 11.10.15.
Havia um bosque encantado, com rios e riachos com água limpa e transparente, onde habitavam várias espécies de animais e de plantas. Todos os animais viviam em harmonia. Mas, apesar da boa convivência, determinados conflitos entre alguns animais eram percebidos. Entre dois animais, um sabiá e um sapo, era comum haver conversas bobas entre eles. Uma coruja, que dormia em um galho, mantinha um dos seus olhos abertos e um dos seus ouvidos atentos.
O sapo, medindo cerca quinze centímetros, animal robusto, de cabeça grande e arredondada, com focinho curto, olhos esbugalhados e avermelhados. O sabiá, um pássaro com tamanho cerca de vinte e cinco centímetros, pesava 73 g, coloração cinzenta e branca amarelada.
Sempre, ao final das tardes, um ficava escutando o canto do outro, cada um soltando sua voz para se comunicar no ambiente onde habitavam. Ficava curioso, querendo saber a fisionomia do outro. Um belo dia, o sabiá em um dos seus passeios pelo chão do bosque se deparou com o tão esperado dono daquela voz que o incomodava. Imediatamente, o sapo esbugalhou ainda mais os seus olhos e disse:
- Ora, ora... Então é você o dono daquela voz melodiosa que perturba os meus ouvidos e atrapalha o meu canto?
O sabiá, não sabia o que dizer. Pensou, pensou e respondeu:
- Eu também estava querendo ver a cara de quem dá uns gritos estranhos, todo final de tarde. Estou vendo que você é mais estranho que os seus chiados.
O sapo retrucou:
- Você também não é bonito, tem as canelas muito finas!
O sabiá, não queria perder para o sapo. Balançou as suas asas e propôs ao sapo:
- Vamos resolver isso com a nossa voz. Vamos cantar e ver quem de nós dois vai agradar os animais do bosque. Desafio aceito, o sabiá estufou o peito, bateu asas para aumentar a potência da sua voz e começou:
- Siri-fririri-serere-siriri-friri-sriri... tá-tá-tá-tá ... til-til-til-til-til-til.
Terminado o show do sabiá, o sapo estufou o saco da sua garganta e bradou, bem alto:
- Croac...croac...croac. Croac...croac...croac. Croac...croac...croc.
A sábia coruja havia acordado e convocado os animais para assistirem o desafio. Ficaram todos escondidos em uma moita. Ao terminar a apresentação do sapo, todos os animais aplaudiram o espetáculo musical, efusivamente.
A sábia coruja pulou para perto dos desafiantes e falou:
- Eu ouvi a conversa de vocês dois e fui chamar a bicharada. Nossos aplausos são vocês dois. Cada um tem seu valor, o canto do sabiá e o coaxar do sapo são importantes para a nossa convivência e para a existência de vocês. Parem com essa disputa boba.
O sabiá e o sapo ficaram envergonhados, fizeram reverência um para outro e agradeceram à sábia coruja e a toda a bicharada. A partir desse dia, passaram a respeitar as diferenças de cada bichinho do bosque.
O sapo, medindo cerca quinze centímetros, animal robusto, de cabeça grande e arredondada, com focinho curto, olhos esbugalhados e avermelhados. O sabiá, um pássaro com tamanho cerca de vinte e cinco centímetros, pesava 73 g, coloração cinzenta e branca amarelada.
Sempre, ao final das tardes, um ficava escutando o canto do outro, cada um soltando sua voz para se comunicar no ambiente onde habitavam. Ficava curioso, querendo saber a fisionomia do outro. Um belo dia, o sabiá em um dos seus passeios pelo chão do bosque se deparou com o tão esperado dono daquela voz que o incomodava. Imediatamente, o sapo esbugalhou ainda mais os seus olhos e disse:
- Ora, ora... Então é você o dono daquela voz melodiosa que perturba os meus ouvidos e atrapalha o meu canto?
O sabiá, não sabia o que dizer. Pensou, pensou e respondeu:
- Eu também estava querendo ver a cara de quem dá uns gritos estranhos, todo final de tarde. Estou vendo que você é mais estranho que os seus chiados.
O sapo retrucou:
- Você também não é bonito, tem as canelas muito finas!
O sabiá, não queria perder para o sapo. Balançou as suas asas e propôs ao sapo:
- Vamos resolver isso com a nossa voz. Vamos cantar e ver quem de nós dois vai agradar os animais do bosque. Desafio aceito, o sabiá estufou o peito, bateu asas para aumentar a potência da sua voz e começou:
- Siri-fririri-serere-siriri-friri-sriri... tá-tá-tá-tá ... til-til-til-til-til-til.
Terminado o show do sabiá, o sapo estufou o saco da sua garganta e bradou, bem alto:
- Croac...croac...croac. Croac...croac...croac. Croac...croac...croc.
A sábia coruja havia acordado e convocado os animais para assistirem o desafio. Ficaram todos escondidos em uma moita. Ao terminar a apresentação do sapo, todos os animais aplaudiram o espetáculo musical, efusivamente.
A sábia coruja pulou para perto dos desafiantes e falou:
- Eu ouvi a conversa de vocês dois e fui chamar a bicharada. Nossos aplausos são vocês dois. Cada um tem seu valor, o canto do sabiá e o coaxar do sapo são importantes para a nossa convivência e para a existência de vocês. Parem com essa disputa boba.
O sabiá e o sapo ficaram envergonhados, fizeram reverência um para outro e agradeceram à sábia coruja e a toda a bicharada. A partir desse dia, passaram a respeitar as diferenças de cada bichinho do bosque.
Joyce Lima, Itagibá, 11.10.15.
-