O gavião e o pica-pau

Um pica-pau olhou para o gavião no alto de um tronco seco e disse-lhe, com desprezo:

– O sol está muito quente aí em cima desse tronco sem folhas?

Via-se clarear o dia, com seu desespero de aquecer a mata num serviço sempre rotineiro em meses de setembro a novembro. Os ventos do cerrado passavam empurrando um ar vibrante como um abano que traz o calor de um fogão a lenha. Os olhos do gavião tinham um semblante de decisão e coragem.

O pica-pau, que estava na ponta de um galho verde e fino, fez um gesto de que iria sair voando, mas, de repente, o gavião fez um voo rasante e abocanhou a ave.

Depois de devorar o animal, o gavião ponderou mais para si mesmo:

– Sim, mas do alto vejo melhor minhas presas!

MORAL: UMA PRESA NÃO DEVE ATIÇAR O CAÇADOR.

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 24/08/2015
Reeditado em 16/09/2015
Código do texto: T5357218
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