O alfinete orgulhoso
O alfinete orgulhoso, nas suas pregas diárias, alfineta tolamente a dona linha:
- És tu vaidosa e colorida.Toda prosa só te gabas de tudo fazeres mais bonito.
- Porém, Eu fico com a melhor parte, pois seguro firme no tecido.
E em seguida, feri a agulha:
- Ei dona agulha. Afiada sempre estás! Não te prendes a nada e como doida sempre a correr te vais.
Ao que ambas respondem, sem pestanejar:
- Tolo e vaidoso alfinete.
- Jovem és ainda. Por isso da vida nada sabes.
- Tu és apenas um serviçal orgulhoso, que após seres usado,
te lançam fora a seres guardado e preso numa caixinha de metal.
Tal qual a todas nós.