EMPURRANDO A VACA NO PRECIPÍCIO
Uma velha parábola que ouvi na minha infância fala de um velho mestre que ao se deparar com uma família de sitiantes muito pobres, perguntou a eles como conseguiam sobreviver naquela penúria.
“ Sobrevivemos graças á nossa vaquinha” respondeu o sitiante. “Ela é a nossa única riqueza. Produz muitos litros de leite por dia. Uma parte nós vendemos e a outra a gente consome. E assim a gente vai vivendo.”
“ E vocês não gostariam de melhorar de vida?” Perguntou o velho mestre.
“Claro”, respondeu o sitiante. “Mas como?”
“Vou mostrar como”, disse o mestre.
Imediatamente foi ao curral, pegou a vaca do sitiante, levou-a até um barranco muito alto e empurrou o animal para baixo. A vaca se arrebentou toda na queda e morreu.
“ O que foi que o senhor fez?”, perguntou, desesperado, o sitiante. “Como vamos sobreviver, agora que o senhor destruiu a nossa única meio de vida?”
O velho mestre não disse nada. Simplesmente voltou as costas ao lamuriento sitiante e foi embora.
Alguns anos depois o velho mestre passou de novo por aquele sítio. Notou que havia uma casa nova, feita de alvenaria, no lugar da antiga choupana de pau-a-pique. Nos currais, além de inúmeras vacas gordas, saudáveis e bonitas, havia cavalos, porcos e galinhas. Além, terras cultivadas com promessas de fartas colheitas.
O sitiante apareceu á porta e reconheceu o velho mestre. Correu a abraçá-lo.
“ Que bom que o senhor voltou” disse o sitiante. “Eu queria muito agradecer o que o senhor fez pela gente.”
“O que é que eu fiz?”, perguntou o velho mestre, simulando surpresa.
“ Quando o senhor jogou a nossa vaquinha no precipício, nós ficamos desesperados. Ela era a nossa única riqueza”, disse o sitiante. “ Mas depois,” continuou ele, “ a gente viu que se quisesse sobreviver era preciso pensar em outras coisas para fazer, pois tudo que a gente tinha estava perdido. Então começamos a plantar, a trabalhar para outros sitiantes, a comprar e criar outros animais, a mandar as crianças para a escola e tudo resultou nisso que o senhor está vendo aí.”
“Muito obrigado por ter tirado a gente daquela caixinha”, completou, com um largo sorriso, o sitiante.
***
Talvez essa metáfora possa nos servir de lição. O PT não é um velho mestre sábio e nem sequer age com boas intenções. Mas ele acaba de empurrar a nossa vaca para o precipício. Isso, claro, depois de sugar uma boa parte do leite que ela produzia. Ao contrário do velho mestre da parábola, espero que depois que essa quadrilha de pilantras deixe o poder, a gente nunca mais os veja. Mas aproveitemos a lição. A Petrobrás não é a nossa única vaca e nem o Brasil é um sitio pobre. Está mais que na hora de reagir. Primeiro vamos botar para fora essa corja. Depois mãos á obra para reconstruir o país. Tenho certeza que ele ficará muito melhor do que era antes.
Uma velha parábola que ouvi na minha infância fala de um velho mestre que ao se deparar com uma família de sitiantes muito pobres, perguntou a eles como conseguiam sobreviver naquela penúria.
“ Sobrevivemos graças á nossa vaquinha” respondeu o sitiante. “Ela é a nossa única riqueza. Produz muitos litros de leite por dia. Uma parte nós vendemos e a outra a gente consome. E assim a gente vai vivendo.”
“ E vocês não gostariam de melhorar de vida?” Perguntou o velho mestre.
“Claro”, respondeu o sitiante. “Mas como?”
“Vou mostrar como”, disse o mestre.
Imediatamente foi ao curral, pegou a vaca do sitiante, levou-a até um barranco muito alto e empurrou o animal para baixo. A vaca se arrebentou toda na queda e morreu.
“ O que foi que o senhor fez?”, perguntou, desesperado, o sitiante. “Como vamos sobreviver, agora que o senhor destruiu a nossa única meio de vida?”
O velho mestre não disse nada. Simplesmente voltou as costas ao lamuriento sitiante e foi embora.
Alguns anos depois o velho mestre passou de novo por aquele sítio. Notou que havia uma casa nova, feita de alvenaria, no lugar da antiga choupana de pau-a-pique. Nos currais, além de inúmeras vacas gordas, saudáveis e bonitas, havia cavalos, porcos e galinhas. Além, terras cultivadas com promessas de fartas colheitas.
O sitiante apareceu á porta e reconheceu o velho mestre. Correu a abraçá-lo.
“ Que bom que o senhor voltou” disse o sitiante. “Eu queria muito agradecer o que o senhor fez pela gente.”
“O que é que eu fiz?”, perguntou o velho mestre, simulando surpresa.
“ Quando o senhor jogou a nossa vaquinha no precipício, nós ficamos desesperados. Ela era a nossa única riqueza”, disse o sitiante. “ Mas depois,” continuou ele, “ a gente viu que se quisesse sobreviver era preciso pensar em outras coisas para fazer, pois tudo que a gente tinha estava perdido. Então começamos a plantar, a trabalhar para outros sitiantes, a comprar e criar outros animais, a mandar as crianças para a escola e tudo resultou nisso que o senhor está vendo aí.”
“Muito obrigado por ter tirado a gente daquela caixinha”, completou, com um largo sorriso, o sitiante.
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Talvez essa metáfora possa nos servir de lição. O PT não é um velho mestre sábio e nem sequer age com boas intenções. Mas ele acaba de empurrar a nossa vaca para o precipício. Isso, claro, depois de sugar uma boa parte do leite que ela produzia. Ao contrário do velho mestre da parábola, espero que depois que essa quadrilha de pilantras deixe o poder, a gente nunca mais os veja. Mas aproveitemos a lição. A Petrobrás não é a nossa única vaca e nem o Brasil é um sitio pobre. Está mais que na hora de reagir. Primeiro vamos botar para fora essa corja. Depois mãos á obra para reconstruir o país. Tenho certeza que ele ficará muito melhor do que era antes.