O PRIMEIRO VOO
“ Era uma vez um bebê passarinho que tinha as penas de vários tons de amarelo. Suas penas eram tão amarelas e tão brilhantes que sua mãe a chamou de Raio de Sol de Verão.
Raio de Sol morava no mais alto da mais alta árvore da floresta. Ela crescia tão esperta e cheia de carinho que ficava lá de cima da árvore observando os outros passarinhos voarem. E ela imaginava: ‘Será que um dia eu também vou conseguir voar assim?’.
Um belo dia a mãe de Raio de Sol acordou-a bem cedinho:
-Acorda filhinha! Hoje é um grande dia: você vai aprender a voar!
- Mas mamãe, eu tenho muito medo!! – disse Raio de Sol assustada e com o coração cheio de vontade de sair por aí e conhecer o mundo do mais alto do céu.
- Tudo bem querida, eu vou estar perto de você – disse sua mãe cheia de cuidado.
- Mas mamãe, se eu não conseguir? Vão rir de mim...
- Ora ora Raio de Sol! Esses passarinhos têm é medo que você consiga voar muito melhor que eles!
- Você acha mesmo mamãe?! Acha mesmo que eu conseguiria?
- Eu tenho certeza!
E nesse mesmo dia Raio de Sol, pela primeira vez, deu um passo no galho fora do seu ninho. Ela estava amedrontada, mas a sua mãe estava bem ali do seu lado e ela não poderia se sentir mais encorajada. Então, quando estava bem pertinho de pular...
- Eu não consigo mamãe! Eu não consigo...– disse Raio de Sol de Verão querendo desistir.
_ Vai Raio de Sol, vai! Vai! Eu te amo! Você consegue!
E Raio de Sol, tremendo de medo, fechou os olhos e pulou! Foi caindo... caindo...
- Bate as asas Raio de Sol! As asas!!
E Raio de Sol começou a bater as asas desesperadamente! E começou a subir e voar e sorrir e voar e sorrir de novo!
- Eu estou voando mamãe! Eu estou voando! Olha só eu estou voando!!!
E até hoje, Raio de Sol de Verão é o passarinho de asas amarelas que mora no mais alto da mais alta árvore da floresta e ninguém, ninguém na face da terra sabe voar melhor do que ela!” Fim.
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Essa fábula foi escrita para minha aluna Shaiane, que no recital de poesia da escola, teve tanto medo, mas tanto medo que chorou na apresentação. Mas, enxugou as lágrimas e teve coragem de "pular e aprender a voar".