O pássaro Zezinho.
De cabeça baixa ficava o pássaro Zezinho, piando com tristeza ao ver seus companheiros voando e cantarolando. Os amiguinhos ao vê-lo tristonho pararam e disseram: amigo não fique tão triste assim, você vai adoecer se continuar desse jeito, precisa se animar um pouco mais.
Zezinho levantou a cabecinha e disse: me sinto tão p’ra baixo, tenho vontade de voar e respirar livremente, sobrevoar os jardins e alegrar a manhã daqueles que gostam de me ouvir cantar. Poxa! Quem me prendeu deveria ser preso também em uma gaiola, bem distante daqui ,p’ra ele sentir como é ruim viver assim.
Tudo bem amigo nós já sabemos que tudo isso realmente é muito triste, eu já tive um irmão que ficou preso durante muito tempo, ele morreu de tristeza, por isso vamos te ajudar ok! Não se preocupe, daremos um jeito nisso.
Zezinho se alegrou com a disposição e compaixão dos amigos em ajudá-lo, agora só resta saber como. Os pássaros se reuniram para saber como fazer para tirá-lo de lá, de repente ouviram passos fazendo barulho nas folhas, era um menino colhendo frutas nas árvores. Eles se olharam e disseram: vamos conversar com esse garoto, quem sabe ele nos ajuda, ele é neto do dono do sítio que prendeu nosso amigo.
Eles assoviaram bem alto e o menino assustado com o sonoro cântico se abaixou. Eles se aproximaram e relataram o que tava acontecendo e que precisavam de sua ajuda, e o menino prontamente disse: eu ajudo vocês, pois eu não gosto de ver meu avô prendendo pássaros e matando animais.
Chegando em casa o garoto chamou o avô, lhe deu um abraço e disse: vovô meu aniversário é amanhã, posso te pedir um presente? Claro meu neto, o que você pedir eu lhe darei. Ta bem! Eu quero o pássaro que está preso há um mês na gaiola, quero lhe devolver a liberdade. O avô ficou surpreso com o pedido e passou a mão sobre a cabeça do neto, falando que vai lhe dar esse presente. A atitude do neto demonstrou amor à natureza, isso encheu o velho de orgulho.
O menino correu e foi avisar para os pássaros que conseguiu a liberdade de Zezinho. Eles voaram bem alto dando gritos de alegria.
Pronto! Zezinho vai ser solto. Ao sair da gaiola Zezinho ficou tão alegre que chorou soluçando e saiu voando, dando cambalhotas e respirando a liberdade que tanto esperava.