LENDA DO PIAUÍ - O CASTELO ENCANTADO

A Pedra do Castelo é simplesmente fantástica. De longe, a aparência é de um castelo abandonado, com suas muralhas erguidas e que teimam em se manter de pé. A proximidade faz surgir imensos portões em forma de arco, que dão acesso a diversos salões onde morcegos e animais fazem as suas moradas.

Em um desses salões existe um cemitério de “anjinhos”, somente crianças, com várias cruzes espalhadas pelo chão, além de ex-votos de pessoas que ali fazem suas promessas. Em outro salão existe um oratório com a imagem de uma santa que, segundo contam, não se sabe como aparecer por lá. Na verdade, a Pedra é um verdadeiro monumento sagrado, com muitas velas e onde todos os anos milhares de fiéis fazem as suas penitências, No dia 2 de novembro, diversas pessoas se deslocam até lá para rezar, comer e beber a noite toda. A atmosfera pesada e o cheiro de suas grutas completam os mistérios que ali são abrigados. A luminosidade é fraca, porque não há propagação da luz. Entre seus inúmeros labirintos existe uma passagem que dá acesso ao topo do Castelo, onde é possível apreciar a paisagem que circunda a pedra encantada.

A Lenda do castelo

Era uma vez um rei que morava em um imenso castelo de altas torres. Costumava promover festas, que se transformavam em grandes orgias, para as quais convidava moças e rapazes bonitos, muitos vindo até do exterior. Na verdade, as festas eram parte de um ritual sanguinário, pois acabavam em carnificina, já que o rei mandava matar todos os seus convidados.

Um dia, Deus resolveu castiga-lo e mandou um anjo, disfarçado em um jovem mancebo, participar de um desses encontros. O anjo assistiu a tudo, e na hora dos assassinatos transformou o monarca, os convidados e o castelo em pedra. Até hoje, nas noites de lua cheia, ouve-se a melodia dos violinos e vê-se o reflexo das velas que iluminavam o castelo que, encantado, recupera vida com a luz da lua.

Fonte: http://www.piaui.com.br/turismo_txt.asp?ID=462

Extraídas do livro “Piauí, Terra Querida”, de Eneas Barros. Edição SENAI, Brasília. Gráfica Ipiranga e 2007.
Enviado por Guerreiro Tharley em 22/05/2014
Reeditado em 25/05/2014
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