Certa vez, um pretensioso sultão resolveu construir uma imensa mesquita em honra de Alá, Deus Todo-Poderoso. Ninguém estava autorizado a contribuir com um centavo se quer para a construção da mesquita. Ela seria única e exclusivamente uma oferta do sultão, afinal seu nome deveria entrar para história como alguém generoso e de muito poder. Quando a enorme mesquita ficou pronta, o monarca mandou escrever em ouro sobre uma enorme placa de mármore: “O bondoso sultão Ahmed construiu sozinho esta maravilhosa mesquita”. A placa foi fixada, mas, no dia seguinte, todos ficaram surpresos, pois na placa ao invés do nome do rei estava escrito o nome de uma pobre mulher conhecida em toda a região. Imediatamente o sultão mandou tirar o nome da mulher e escrever novamente a frase correta. No dia seguinte, como um milagre, estava novamente o nome da mulher na placa. O sultão ordenou, então, que encontrassem a tal mulher e a trouxessem a sua presença. A pobre senhora se aproximou do sultão tremendo dos pés à cabeça. “Me diga a verdade”, disse o sultão com muita calma, “você contribuiu de alguma forma para a construção da catedral?” A pobre mulher, com muita vergonha, respondeu: “Me perdoe, meu senhor, eu preciso ganhar o meu pão de cada dia com muito sacrifício. Sem dúvida alguma, eu conhecia a sua ordem e tinha medo de sua punição. Mas foi para mim uma enorme alegria oferecer um pouco de feno ao jumento que suspendia as rochas para construção da catedral. Desta forma, eu realizei minha vontade, sem ao menos pensar em desobedecer sua ordem!”
A partir do momento que estamos na existência não possuímos outra alternativa senão o ato de fazer alguma coisa.