A COBRA A RÃ E O SAPO
A cobra;
-Parecia dizer para a rã:
Não se atreva a passar por aqui.O meu bote é certeiro e dificilmente eu
perco ele!Adoro degustar carne de rãs,esse é o meu verdadeiro cardápio
apesar de mariscar alguns mosquitinhos e ratos na escuridão silenciosa
da madrugada por aí afora.
A rã coitada!
de olhos arregalados se lamentava tentando pular para bem longe da-
quela inimiga peçonhenta pois uma vez alcançada teria seu penoso fim.
De repente aparece um sapo manhoso com pinta de valentão e diz:
Conheço essa peçonhenta ela marisca lá pelas redondezas.Lembro-me que escapei dela pulando bem alto bem longe de sua sanha quando fazia
uma bela serenata e quando a sinfonia invadia o eco da madrugada
novamente ela tentou me abocanhar porém sem êxito. Fui muito hábil,
depressa escapei com outros amigos há pular. Por isso quero dizer-te:
Amiga rã se tu queres viver um pouco mais tente sair depressa de perto
dessa sujeita venenosa! Não vês que estais bem perto dela?
Qualquer movimento que ela fizer, você já era!
A cobra parecia dizer:Você é aconselhador de rãs!Ora bolas!Não sabes
o quanto sou perigosa você também precisa experimentar um pouco do
meu veneno,ouviu tirado aconselhador!Tu não passas de um enxerido.
Mas como foco dela naquele instante era a pobre rã não deu outra.
A rã ficou desleixada com a prudencia da cobra e se esqueceu de pular
para distante, sendo surpreenda num bote certeiro que vitimou sumindo
agonizando entre o seu veneno letal e a largura da sua boca.
E o sapo tirado a dar conselho a rãs em apuro:
-Covardemente quando viu a pobre amiga rã ser engolida pela cobra com tanta agilidade e maestria,pensando em ser a próxima vitima logo
tratou de se mandar pulando,pulando.pois nem mesmo o buraco que
antes ele havia saído conseguiu mais entrar.
JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
Salvador-Bahia 15 abr 2014.