O filhote e a rosa
Doces e cheirosos, botões desabrocham nos lábios do filhote. Lábios feitos para desabrocharem botões, patas para cavar um lar. Terra úmida, vamos à rosa.
[Uma Rosa]--Lá vem ele! Lá vem ele! Vou me preparar para o bote. De todas eu serei a mais vistosa, a mais cheirosa. Meus brotos vão finalmente nascer em terra nova. Até que ele é vistoso, fofo, úmido. Falo do filhote e da terra onde ele irá me soltar. É com ele que quero fazer essa viagem. Ah! o ar fresco da juventude...
[Um filhote]--Até posso sentir o sabor daquela textura suave, daquela pele... Quero passar a língua em cada pequeno detalhe, quebrar cada espinho, relaxar... Vai ser uma rosa só minha. Vou guardá-la num lugar só meu. Quem sabe ela cresce? Vou procurar a que tem mais brotinhos.
[Outro filhote]--Vou resistir ao meu desejo e vou abandonar meus instintos. Só quero ver a rosa brotar. Vou deixar que a sorte me deixe pegar a rosa certa.
[Alguém] --Lá vai ela! Lá vai ela!