Os braços da vida.
O rato mais velho daquela cidade, tinha muitos amigos, mas se encontrava em maus lençóis, estava apavorado quando viu chegar em sua casa na fazenda uma enorme ratoeira.
Ele recorreu a toda bicharada indagando, pedindo aflito a solução!
A galinha dele fez pouco caso.
Também o porco.
A vaca até riu pra valer, dizendo que não cabia aquele seu corpão em uma ratoeira e... outros bichos disseram que nada podiam fazer mas que recomendavam a alma do rato a deus.
Alguns se despediram do pobre rato, que deprimido saiu sem solução.
No silencio da madrugada, ouviram a pancada da ratoeira forte, poxa!
agora sim o rato tinha morrido. Ainda no escuro, a dona da fazenda correu e antes de acender a luz pôs o pé próximo da ratoeira sem querer. Não é que a cobra havia ficado com o rabo preso na ratoeira?
dali em diante foi um deus nos acuda, levaram para a cidade aquela senhora que agonizava.
O primeiro caldo a ser servido naquela manhã foi de galinha.
A mulher voltou para casa enferma ainda, então mataram o porco.
Depois ela faleceu, foi no seu enterro que mataram a vaca, porque tinha gente vindo de outras cidades, a quantidade de visitantes era tanta que precisaram abastecer de alimentos.
Não se deve cruzar os braços as causas alheias, e nem julgar
pisotear no fracasso do seu irmão, moral da história:
o rato ficou ileso.