Fábula Moderna - Boi Barroso
Havia um boi muito empolgado, chamado Barroso, que desde sempre se destacava da boiada. Não era um boi qualquer, via-se logo, pois era animado, quando os outros desanimavam e esperançoso, quando não havia mais esperança alguma. Tinha sempre uma palavra de cortesia, de alento e de entusiasmo para quem o procurasse:
- Não era um boi comum! – Diziam os outros em tom de escárnio, o que é típico das almas invejosas.
Um dia a boiada saiu sendo conduzida e Barroso, empolgado, disparou na frente querendo ser o primeiro a ver novas planícies, novos morros, novos pastos, novas florestas. Tudo lhe era encanto, mas a verdade é que a boiada o considerava abusado e esquisito.
Em determinado momento, antes que precisassem atravessar um rio cheio de piranhas, o dono da boiada determinou que lançassem o Barroso às mesmas para que a boiada passasse.
- E por que o Barroso? – Perguntou um dos tropeiros.
- Por que é um que anda depressa demais e cansa a boiada que perderá peso diminuído o seu valor para o abate.
E o Barroso, sem saber, foi sacrificado e partiu para o Céu. Lá chegando, sem entender a sua desdita, foi reclamar com São Pedro da injustiça dos homens.
- E por acaso esperavas justiça dos homens? – Perguntou ao tempo que respondia o Guardião dos Portões Celestes. Em seguida prosseguiu:
- Barroso, tu fostes venturoso. Destacastes da boiada e não precisarás mais voltar para a Terra, nascendo de novo entre os infelizes e sofrendo das injustiças e das tentações daquele planeta atrasado. Pode viver agora nas estrelas, nos céus, aprendendo completamente e vivendo na sublime paz da eternidade.
- E quanto aos meus companheiros de boiada? O que foi deles?
- Riram-se muito quando tu morreste, mas lembra-te que libertamos primeiro os bons, depois seguem os outros. A Terra é apenas um planeta de lamentos, de expiações e provas e já cumpristes o teu papel. Agora é hora de seguir adiante evoluindo dentro do melhor, que é o que fizestes por merecer. Quanto a eles, os teus ex-companheiros, continuarão a nascer e a nascer de novo, dentro das penúrias das doenças, das aflições e das amarguras terrenas, sendo continuamente criados e abatidos, tendo suas carnes servidas aos lobos, aos porcos e às víboras, que se travestem de homens para devorá-los. Ao fim, aqueles que como tu se cansarem e buscarem as verdades da Luz, serão libertos afim de traçarem novos rumos diante das alegrias da eternidade. Quando se cansarem da vida de boi, tratarão de buscar a libertação.
Assim seja!
- Não era um boi comum! – Diziam os outros em tom de escárnio, o que é típico das almas invejosas.
Um dia a boiada saiu sendo conduzida e Barroso, empolgado, disparou na frente querendo ser o primeiro a ver novas planícies, novos morros, novos pastos, novas florestas. Tudo lhe era encanto, mas a verdade é que a boiada o considerava abusado e esquisito.
Em determinado momento, antes que precisassem atravessar um rio cheio de piranhas, o dono da boiada determinou que lançassem o Barroso às mesmas para que a boiada passasse.
- E por que o Barroso? – Perguntou um dos tropeiros.
- Por que é um que anda depressa demais e cansa a boiada que perderá peso diminuído o seu valor para o abate.
E o Barroso, sem saber, foi sacrificado e partiu para o Céu. Lá chegando, sem entender a sua desdita, foi reclamar com São Pedro da injustiça dos homens.
- E por acaso esperavas justiça dos homens? – Perguntou ao tempo que respondia o Guardião dos Portões Celestes. Em seguida prosseguiu:
- Barroso, tu fostes venturoso. Destacastes da boiada e não precisarás mais voltar para a Terra, nascendo de novo entre os infelizes e sofrendo das injustiças e das tentações daquele planeta atrasado. Pode viver agora nas estrelas, nos céus, aprendendo completamente e vivendo na sublime paz da eternidade.
- E quanto aos meus companheiros de boiada? O que foi deles?
- Riram-se muito quando tu morreste, mas lembra-te que libertamos primeiro os bons, depois seguem os outros. A Terra é apenas um planeta de lamentos, de expiações e provas e já cumpristes o teu papel. Agora é hora de seguir adiante evoluindo dentro do melhor, que é o que fizestes por merecer. Quanto a eles, os teus ex-companheiros, continuarão a nascer e a nascer de novo, dentro das penúrias das doenças, das aflições e das amarguras terrenas, sendo continuamente criados e abatidos, tendo suas carnes servidas aos lobos, aos porcos e às víboras, que se travestem de homens para devorá-los. Ao fim, aqueles que como tu se cansarem e buscarem as verdades da Luz, serão libertos afim de traçarem novos rumos diante das alegrias da eternidade. Quando se cansarem da vida de boi, tratarão de buscar a libertação.
Assim seja!