ALICE (A OUTRA) NO PAÍS DAS MARAVILHAS

ALICE NO PAIS DAS MARAVILHAS

A Alice desta história é um pouco (ou muito) diferente da história criada por Lewis Carroll, porque a Alice desta história faz parte de uma tragédia brasileira, não retrata o nonsense ou ficção, nem é uma menina. É uma mulher aposentadada, no alto dos seus 90 anos idade..

Alice, moça bonita, cheia de sonhos e ambição, embarca numa excitante aventura que ela guardará na memória por toda a sua vida. Alice, menina moça, moça menina, os cursos de frances, de ingles e alemão mal terminam, e sabendo que na vida as verdades lhes ensinam, num lindo avião se encontra: aeromoça, de olhos vivazes, cujas mãos são capazes de reter o mundo junto a si, ei-la ser da Varig tripulante e vaidosa num DC3 se coloca! "Que fizeste de ti ó menina boba?" Gritava um gnomo fora de si; "vais para onde, longe de mim ficando ó garota louca?" Choromingava a Ondina do lago sul; "longe de mim, do meu calor não mais terás?" gritava a salamandra enfurecida; "vem comigo, amada minha e em meus braços te aninha!" um apaixonado silfo, junto a seu ouvido sussurrava... Filha do vento, em uma estrela brasileira no céu azul se tornou, da família Varig por muitos anos ela faz parte...

A história de Alice da Varig deu prosseguimento mesmo depois de sua aposentadoria. Deus meu, posso até afirmar que, depois da aposentadoria, em um inferno a sua vida se transformou! Uma série de fatos nefandos desabaram sobre a sua vida: a falência da Varig, o desemprego, o Aerus sob intervenção, o desespero, o desengano e a esperança que afiança a todos, ser tudo isso uma fase ruim e que o tempo se encarregará de sanar essa profunda ferida aferida no doce coração de Alice, a da Varig...

A essa altura o desespero era tanto que a pobre Alice aos prantos, foi se aninhar no colo de uma sílfide quando... vê um Coelho Branco chamado Gol Constantino, sempre impontual, olhando o relógio que estava em seu pulso, dizia de per si: "Que furada hem relógio? Que enrascada fui me meter!" Alice da Varig, como sói a uma menina curiosa, segue o Coelho Constantino e... pimba! Entra em um buraco de coelho muito fundo. Vai Alice tateando pelo sombrio corredor até encontrar uma porta minúscula que vai dar em um lindo jardim. O Coelho Constantino come barras de cereais, toma Coca Cola e oferece tais iguarias a Alice da Varig e Alice, com tristeza, pensa nas ótimas iguarias que a sua empresa servia aos passageiros ideais. Tenta transpor a minúscula porta, fica impossibilitada de entrar no jardim. Coisas loucas acontecem, e ela em desespero chora, porque quando pensa na velha Varig que se finou ela fica enorme, suas lágrimas vertem sangue, quando ela encolhe, fica pequena o bastante para nadar ao redor de uma piscina feita de suas lágrimas e de dor. Nesta piscina desgraçada, a pobre Alice ameaçada, encontra muitas criaturas, as causadoras da falência da Varig, inclusive o Rato Dirceu. As criaturas e Alice conseguem sair da piscina e secar, foi quando Alice viu o outro Rato chamado Tam, mas Alice acaba só. Sozinha da silva, sem "parede nua para encostar" "sem cavalo baio para cavalgar ou um cavalo alado para voar!".

Segue Alice mais triste que nunca, cabisbaixa, desolada e, no meio da estrada, acha a casa do Coelho Constantino e cresce mais ainda depois de beber um líquido estranho. O espírito da Varig a faz crescer mais ainda. Alice fica bem acima do bem e do mal. Ela assusta o Coelho Constantino e as vizinhas dele, Maria SNA, DENISE da ANAC, as lambisgóias serviçais de Flora a Teimosa ex Sindicalista, hoje a serviço da ANAC, e tantas outras que muito mal fazem e fizeram à Varig que a pobre Varig morreu, pobre coitadinha, ao cobrir-se de vergonha, não quis mais viver. Alice se encontra então com um lagarta que lagarteia e fuma um "narguilê" cujo fumo é composto de tramóias, traições, peleguismo e desmedida ambição, oriundo das terras cutistas. Imaginem o cheiro da fumaça que saía deste cachimbo infernal! O lagarta cutista informa a Alice que comendo um lado do cogumelo corrupção em que ela está se sentando isto a fará maior e muito rica mas comendo a outra lateral do cogumelo, chamada honestidade a fará menor e muito pobre, quase minúscula. Alice ainda está procurando a melhor solução para fugir daquela oferta diabólica (mesmo sabendo que o poder corrompe) e recuperar o tamanho certo para entrar no jardim. Ela entra em uma casa, no meio do bosque, onde residem uma duquesa chamada Precatório, o bebê feio dela, (o mesmo que foi abortado anterirmente), o gato de Cheshire Jobim e o cozinheiro hostil chamado SNA. A cozinha está cheia de pimenta que arde prá burro e pratos lançados, que foram quebrados com raiva quando alguém pergunta a ela o dia que o esposo "Precatório" virá. Alice tenta salvar este bebê rejeitado mas o bebê logo se transforma em um porco que vomita "sandices" prá todo lado. Assim, a pobre Alice da Varig é forçada a deixar este gesto de carinho para lá e partir desolada. O gato de Cheshire vulgo Jobim aparece, lança sorrisos e doces miados para Alice e recomenda que ela visite o "hatter furioso" ou a lebre de março. O gato de Cheshire, vulgo Jobim é um gato mentiroso, tal como as falsas esperanças que lançam na internet e são alarmes falsos. O gato de Cheshire, vulgarmente conhecido por Jobim desaparece e reaparece gradualmente e deixa apenas um resto de seu sorriso. Alice vai para a casa da lebre de março onde está rolando uma festa em que se serve um chá (o chá de espera). Ela se senta à mesa com a Lebre, o Hatter, e o Arganaz, os três são pessoas que ocupam altos cargos em Brasilia. Ela os acha rudes e depressa se aborrece com eles, assim ela parte.

Nesta longa experiência, Alice decide entrar por uma porta em uma árvore e novamente se encontra no quarto com a porta minúscula que conduz para o jardim. Nesta hora ela consegue entrar no jardim e neste jardim ela se encontra com três jardineiras, rosas brancas manchadas de vermelho, três mulheres destemidas que ousaram enfrentar a pelega do SNA. Elas têm medo de serem executadas pela Flora Teimosa do SNA. De repente a rainha Flora Teimosa, a do SNA e suas companhias de jogo sujo, aparecem. Flora Teimosa convida Alice a jogar este jogo sujo e Alice se une a um jogo estranho. Ela aprende logo que os bobos, os que foram úteis outrora e agora não servem mais e os que ameaçam a realeza expúria de Flora, a Teimosa, serão executados. A cabeça do gato de Cheshire, vulgo Jobim aparece sobre o solo e causa um movimento real. A duquesa Precatória é trazida da prisão para contar novidades da tarifária e falcatruas cometidas no Leilão da Varig e começa a falar com Alice sobre a moral de tudo. Flora, a Teimosa do SNA decide então que Alice deveria ir conhecer a falsa tartaruga do Palácio do Planalto; ela é escoltada pelo "Griphon" espécie de petista corrupto. Alice aprende a história da falsa tartaruga e vê uma dança chamada "A Quadrilha dos Corruptos". Neste reduto de desvario e imoralidade, Alice tenta recitar poesia de conteúdo moralizador mas obtém pouco sucesso e nenhuma atenção. O Gryphon, espécie de petista corrupto, parte pra Alice para corteja-la, quando... eles ouvem que o julgamento está começando.

O “Rei de Corações” está sendo julgado por roubar as tortas da rainha Flora a Teimosa. Alice é instigada a ir ao tribunal e ouvir o testemunho do hatter e o cozinheiro. A própria Alice é chamada para testemunhar depois que ela, inexplicavelmente, cresceu novamente justamente porque o espírito da Varig nela se incorporou.

Alice é impertinente e o Rei ordena que ela deixe o tribunal, mas ela recusa. Ela fica enfurecida pela deslealdade dos procedimentos do tribunal e de todos os presentes, o que provoca a rainha Flora Teimosa a ordenar a execução dela.

Alice informa o tribunal que eles são nada mais que um pacote de papel, e eles se levantam e a atacam. È neste momento, que Alice percebe que ficou por muito tempo adormecida no colo da sílfide.

Ela fala para a sílfide sobre o sonho apavorante que teve e então entra para o chá. Alice compreende que até os seus sonhos são povoados pela realidade que a sevicia.

A Sílfide Esperança alimenta o desejo que a sua protegida Alice ainda terá ótimos sonhos para sonhar.

"Comece pelo começo, siga até chegar ao fim e então, pare". – Lewis Carroll em Alice no País das Maravilhas.

clira
Enviado por clira em 28/01/2014
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