Chaves Perdidas
No tempo em que os bichos falavam fadas gnomos e outros seres encantados povoavam o planeta. Na primavera do jubileu de ouro do grande gnomo Dedelelkos deu-se uma terrível catástrofe no labirinto do Minotauro Minolokos. Dentre as muitas tarefas de responsabilidade do Minotauro Minolokos guardar as chaves da Casa das Palavras era de longe a mais importante. Apenas ele e mais ninguém sabia em que labirinto a chave era mantida escondida. A pena para quem apenas tocasse nas chaves seria o exílio em lugar por todos temidos, destino pior que as fornalhas do Kalabatão. Meus pelos do corpo arrepiam, mas preciso ser preciso nesta narrativa e não posso capitular diante do medo de ter que escrever o nome do tenebroso lugar destinado aos que ousassem apenas tocar nas chaves da Casa das Palavras. Japerykiki (cruz credo credo em cruz toc toc na madeira três vezes).
Você já deve ter percebido que a terrível catástrofe foi o desaparecimento das chaves da Casa das Palavras. Acredito também que você esteja querendo saber o que de valioso era guardado na Casa Das Palavras. Na verdade eu acredito que você já percebeu que na Casa das Palavras eram guardadas as palavras. Todas as palavras do mundo, todas as palavras do universo, todas as palavras além do universo, todas as palavras que eram faladas e escritas e todas as palavras que ainda não eram conhecidas em nenhuma parte do mundo, em nenhuma parte do universo, em nenhuma parte além do universo. Aquele que tivesse em suas mãos as chaves da Casa das Palavras seria a pessoa mais poderosa dos mundos conhecidos e desconhecidos, e a chave não mais estava no labirinto do Minotauro Minolokos. Nunca mais se teve notícias de Minolokos pois em Japerykiki (cruz credo credo em cruz toc toc na madeira tres vezes) não há serviços de correios e nem de Internet, e ele foi catapultado pra lá. O Minotauro Minolokos ainda tentou por intermédio de seus adevogados ciclopes uns embargos adstringentes, não rolou.
Séculos e séculos loros-tun passados chegamos aos dias atuais em que os bichos não falam mais, pelo menos comigo não falam e nem eu falo com eles. Gnomos fadas e similares só existem em certa cidade serrana do estado do Rio de janeiro, declinarei o nome da cidade para que não se descubra donde eles habitam especificamente. Inda mais considerando que há indícios cripitografados em pedra sabão dando conta que as chaves da Casa Das Palavras também estejam naquela bela e altaneira cidade de picos montanhas ladeiras e pirambeiras.
“Entrou por uma porta saiu pela outra quem quiser que conte outra”.
No tempo em que os bichos falavam fadas gnomos e outros seres encantados povoavam o planeta. Na primavera do jubileu de ouro do grande gnomo Dedelelkos deu-se uma terrível catástrofe no labirinto do Minotauro Minolokos. Dentre as muitas tarefas de responsabilidade do Minotauro Minolokos guardar as chaves da Casa das Palavras era de longe a mais importante. Apenas ele e mais ninguém sabia em que labirinto a chave era mantida escondida. A pena para quem apenas tocasse nas chaves seria o exílio em lugar por todos temidos, destino pior que as fornalhas do Kalabatão. Meus pelos do corpo arrepiam, mas preciso ser preciso nesta narrativa e não posso capitular diante do medo de ter que escrever o nome do tenebroso lugar destinado aos que ousassem apenas tocar nas chaves da Casa das Palavras. Japerykiki (cruz credo credo em cruz toc toc na madeira três vezes).
Você já deve ter percebido que a terrível catástrofe foi o desaparecimento das chaves da Casa das Palavras. Acredito também que você esteja querendo saber o que de valioso era guardado na Casa Das Palavras. Na verdade eu acredito que você já percebeu que na Casa das Palavras eram guardadas as palavras. Todas as palavras do mundo, todas as palavras do universo, todas as palavras além do universo, todas as palavras que eram faladas e escritas e todas as palavras que ainda não eram conhecidas em nenhuma parte do mundo, em nenhuma parte do universo, em nenhuma parte além do universo. Aquele que tivesse em suas mãos as chaves da Casa das Palavras seria a pessoa mais poderosa dos mundos conhecidos e desconhecidos, e a chave não mais estava no labirinto do Minotauro Minolokos. Nunca mais se teve notícias de Minolokos pois em Japerykiki (cruz credo credo em cruz toc toc na madeira tres vezes) não há serviços de correios e nem de Internet, e ele foi catapultado pra lá. O Minotauro Minolokos ainda tentou por intermédio de seus adevogados ciclopes uns embargos adstringentes, não rolou.
Séculos e séculos loros-tun passados chegamos aos dias atuais em que os bichos não falam mais, pelo menos comigo não falam e nem eu falo com eles. Gnomos fadas e similares só existem em certa cidade serrana do estado do Rio de janeiro, declinarei o nome da cidade para que não se descubra donde eles habitam especificamente. Inda mais considerando que há indícios cripitografados em pedra sabão dando conta que as chaves da Casa Das Palavras também estejam naquela bela e altaneira cidade de picos montanhas ladeiras e pirambeiras.
“Entrou por uma porta saiu pela outra quem quiser que conte outra”.