O BRILHO DE NATAL

NARRADOR: Chegando o Natal o Tio Macaco, que tinha três sobrinhos e morava na floresta ficou pensando com o que presentearia os seus sobrinho naquele natal. Enquanto os seus sobrinhos se danavam a preparar cartas com os seus desejos para enviá-las pelo carteiro a papai Noel...

O sapinho queria um velocípede; o coelhinho queria um carrinho e o gatinho almejava ganhar o cordão de ouro do seu tio Macaco. Quando a noite, que antecedia o natal veio o tio Macaco calmamente se dirigiu a toca dos sobrinhos e para cada um deixou o que podia: Para o sapinho um mapa do caminho para um laguinho; para o coelho deixou uma cenoura e para o gatinho deixou um novelo.

Logo que o dia amanheceu todos estavam de pé e quem primeiro ficou feliz foi o sapinho, que não ganhou o que pediu mas, pulava para cá, pulava para lá, pois com o mapa do seu tio encontrara a lagoa. Por sua vez o Coelho não cabia de contentamento com uma grande cenoura, que o fazia ir de um lado para o outro, mas o gatinho no cantinho se lamentava.

Gatinho: chuif, chuif. Papai Noel não gosta de mim!

Tio Macaco: O que foi que aconteceu.

Gatinho: papai Noel não gosta de mim ele não atendeu o meu pedido. Deu-me apenas esse novelo velho.

Tio Macaco: mas o que você queria ganhar?

Gatinho: Eu não tinha um pedido, mas eu queria algo que me fizesse importante!... Que tal o senhor me dar esse cordão de ouro?

Tio Macaco: poxa todos ficaram contentes com os seus presentes e só você está a resmungar. Mas se for para te fazer feliz eis o cordão de ouro.

Narrador: Feliz o gatinho saiu saltitante. Tio Macaco, calado se pôs a observar e passando os dias notou que o comportamento do seu sobrinho gatinho, não era bom, pois com aquele cordão em ouro começou a humilhar os seus irmãos e todos que se aproximavam. Se dizia o mais importante e sua postura era como de rei sem nobreza. E assim tio Macaco viu, que aos poucos, de tanto serem humilhados todos os animaizinhos foram se afastando e lá outra vez o tio Macaco pegou o seu sobrinho chorando.

Gatinho: chuif, chuif. Eles não gostam de mim.

Tio Macaco: por que choras?

Gatinho: tio ninguém quer brincar comigo.

Tio Macaco: Meu filho não foi o que observei. Daqui vi você se sentindo o maioral com esse cordão. Só falava gritando e exigindo que todos lhe devesse obediência, agora veja como você ficou.

Gatinho: Mas tio eu só queria ser importante.

Tio Macaco: ser importante é ser humilde e ajudar uns aos outros e não se colocar como o maioral, pois que a areia não é mais que o rio. E nem a flor é mais que as estrelas.

Gatinho: é verdade meu tio. Eu pensei que seria mais amado pelo presente que ganhei.

Tio Macaco: Meu filho, não é pela coisas que nos tornamos especial, que nos tornamos melhores que os outros. Na verdade, a gente tem que saber dar e receber.

Gatinho: como assim?...

Tio Macaco: dar, as pessoas tem que oferecer as coisas sem esperar ter algo em troca e receber, é não se sentir humilhado ou tão pouco se engrandecer com os bens materiais, mas entender, a ação, o gesto, que é feito com amor. E o mais importante, com o que temos ou com o que ganhamos é sabermos dividir com todos. Visto que as coisas que temos ou ganhamos são apenas os possuidores não os donos.

Narrador: Assim daquele dia em diante o gatinho aprendeu a lição e passou a amar mais os seus amigos. E o cordão ficou pendurado na parede da casa, enquanto o gatinho voltou para os seus primos e amigos para dividir a luz que há no coração e nãos nas coisas.