A CARPINTARIA
Ninguém acreditaria que aquela carpintaria, que durante o dia parecia um local tão pacífico e organizado, á noite se transformava num verdadeiro inferno. Era briga para todo lado.
Tudo começou porque a madeira, de repente, começou a dizer para todo mundo que ela era a peça mais importante da carpintaria porque sem ela nada seria feito ali.
“É”, respondeu a serra. “Mas se não fosse eu para cortá-la na medida certa, você não serviria para nada.”
“É verdade”, completou o metro. “E se não fosse eu, não haveria nenhuma medida certa.”
“ Pois é”, mas se não fosse eu, você seria apenas um amontoado de peças rústicas” , queixou-se a plaina.
“ E não se esqueça que sou eu que aliso a sua superfície para que se você pareça bonita”, disse a lixa.
“ E sou eu que dá o acabamento que transforma você numa peça de arte”, resmungou o verniz .
“ E se não fosse eu para unir todas suas partes, você seria apenas madeira e tão somente madeira”, reclamou o parafuso.
“Mas lembre-se que quem introduz você na madeira sou eu”, lembrou a chave de fenda...
E assim foi pela noite adentro, com cada ferramenta e cada peça reivindicando a sua quota de importância nos móveis que se fabricavam ali. E assim, a carpintaria toda virava um verdadeiro campo de batalha, e pela manhã, quando o carpinteiro chegava para trabalhar, ele sempre estranhava que tudo aquilo que ele deixava arrumadinho á tarde estivesse tudo bagunçado, como se fosse um quarto de adolescente.
“ Ah! Esses meus ajudantes”, suspirava, desconsolado. “Talvez eles estejam precisando de um agradinho”, pensou.
Uma manhã o carpinteiro chegou para trabalhar, pegou umas peças de madeira, cortou-as na medida certa usando a serra. Um de seus ajudantes aplainou-as, outro passou a lixa. Depois o carpinteiro montou-as uma a uma, unindo-as com parafusos, e um terceiro ajudante envernizou o móvel pronto com um belo e coruscante verniz.
Ao fechar a carpintaria naquela noite, o carpinteiro deu uma olhada de satisfação para o produto pronto e passou a mão nele com o carinho de quem havia produzido uma obra de arte. Antes de sair escreveu um bilhete, que deixou em cima do móvel. O bilhete dizia:
“Obrigado a todos vocês. Ninguém faz nada sozinho. Este lindo móvel não teria sido fabricado sem a participação de cada um.”
O bilhete havia sido escrito para agradecer aos seus ajudantes. Mas daquele dia em diante, nunca mais o carpinteiro encontrou a carpintaria bagunçada. Os clientes, quando entravam nela, logo sentiam que ali se respirava um ar de respeito e harmonia. Todos haviam compreendido a sua importância no sistema e descoberto o valor que cada um tem nele.
Ninguém acreditaria que aquela carpintaria, que durante o dia parecia um local tão pacífico e organizado, á noite se transformava num verdadeiro inferno. Era briga para todo lado.
Tudo começou porque a madeira, de repente, começou a dizer para todo mundo que ela era a peça mais importante da carpintaria porque sem ela nada seria feito ali.
“É”, respondeu a serra. “Mas se não fosse eu para cortá-la na medida certa, você não serviria para nada.”
“É verdade”, completou o metro. “E se não fosse eu, não haveria nenhuma medida certa.”
“ Pois é”, mas se não fosse eu, você seria apenas um amontoado de peças rústicas” , queixou-se a plaina.
“ E não se esqueça que sou eu que aliso a sua superfície para que se você pareça bonita”, disse a lixa.
“ E sou eu que dá o acabamento que transforma você numa peça de arte”, resmungou o verniz .
“ E se não fosse eu para unir todas suas partes, você seria apenas madeira e tão somente madeira”, reclamou o parafuso.
“Mas lembre-se que quem introduz você na madeira sou eu”, lembrou a chave de fenda...
E assim foi pela noite adentro, com cada ferramenta e cada peça reivindicando a sua quota de importância nos móveis que se fabricavam ali. E assim, a carpintaria toda virava um verdadeiro campo de batalha, e pela manhã, quando o carpinteiro chegava para trabalhar, ele sempre estranhava que tudo aquilo que ele deixava arrumadinho á tarde estivesse tudo bagunçado, como se fosse um quarto de adolescente.
“ Ah! Esses meus ajudantes”, suspirava, desconsolado. “Talvez eles estejam precisando de um agradinho”, pensou.
Uma manhã o carpinteiro chegou para trabalhar, pegou umas peças de madeira, cortou-as na medida certa usando a serra. Um de seus ajudantes aplainou-as, outro passou a lixa. Depois o carpinteiro montou-as uma a uma, unindo-as com parafusos, e um terceiro ajudante envernizou o móvel pronto com um belo e coruscante verniz.
Ao fechar a carpintaria naquela noite, o carpinteiro deu uma olhada de satisfação para o produto pronto e passou a mão nele com o carinho de quem havia produzido uma obra de arte. Antes de sair escreveu um bilhete, que deixou em cima do móvel. O bilhete dizia:
“Obrigado a todos vocês. Ninguém faz nada sozinho. Este lindo móvel não teria sido fabricado sem a participação de cada um.”
O bilhete havia sido escrito para agradecer aos seus ajudantes. Mas daquele dia em diante, nunca mais o carpinteiro encontrou a carpintaria bagunçada. Os clientes, quando entravam nela, logo sentiam que ali se respirava um ar de respeito e harmonia. Todos haviam compreendido a sua importância no sistema e descoberto o valor que cada um tem nele.