Os discípulos e o Mestre
Barbas e cabelos longos, refulgindo ao sol tal como a prata nobre dos tesouros de um rei, confundiam-se com roupas de um alvo sobrenatural, que desciam em corte reto pelos ombros largos do Mestre. As barras de sua túnica moviam-se com a tranquilidade das águas doces de um convidativo rio... E assim era a sua essência, que vida trazia ao azul de seus olhos, não ocultos pelas marcas profundas de sua tenra idade; olhos que se ressaltavam na brancura de sua tez , cheios de amor e respeito; o homem fazia-nos sentir como se fossemos amigos íntimos de muitas eras, mas ao mesmo tempo continha a informalidade que nascia de seu contato com um sorriso que nos levava a reverenciar.
O Mestre sentou-se diante seus discípulos, pousou a mão em movimentos lentos sobre seu colo, sorrindo, os olhou profundamente e perguntou:
- O que fizeram das sementes que receberam?
O mais Sonhador de todos, prontificou-se a falar primeiro; este tinha expressões serias que logo morriam na desenvoltura de seus modos descontraídos.
-Plantei uma árvore a beira de um caminho largo e iluminado por sol escaldante...
Plantei, pois me disse o senhor que assim deveria proceder
que plantando colheria frutos de felicidade em recompensa na eternidade...
Plantei ; reguei e segui radiante!
O Mestre aprovou com um suave movimento de cabeça e olhou em direção ao outro, este por sua vez mostrava-se irredutível como que preparado para defender-se, percebendo, o Mestre insistiu com seu sorriso capaz de derreter o coração mais glacial que houvesse. O discípulo era ousado para encarar o velho sábio nos olhos, este por sua vez não se importava e até admirava-o por isso. O rapaz respondeu, objetivamente, referindo-se ao trabalho de seus irmãos:
-Eu não plantei, mas não descavei sementes e nem polui a terra com erva daninha...
Eu não plantei, mas reguei algumas mudinhas nascidas de semeaduras vãs
cujo lavrador plantou e pelo o mundo saio correndo a largos e radiantes passos...
Descuidados!
Eu não plantei, mas me fiz responsável!
Sem mudar as expressões o velho sábio continuou, e desta vez alegrou-se pela paciência do terceiro discípulo, este era o mais emocional e irracional de todos. Extremo em seus sentimentos e emoções, surpreendera com sua resposta, pois o ato de sua parte exigia menos pressa.
-Eu plantei, pois precisava de sombra onde pudesse descansar o viajante
Plantei, para que todos pudessem dos frutos se alimentar...
Senti a carência da grama macia onde alguém cansado pudesse repousar...
Plantei, para que a paisagem desértica sumisse entre cenário verdejante!
O Mestre sentou-se diante seus discípulos, pousou a mão em movimentos lentos sobre seu colo, sorrindo, os olhou profundamente e perguntou:
- O que fizeram das sementes que receberam?
O mais Sonhador de todos, prontificou-se a falar primeiro; este tinha expressões serias que logo morriam na desenvoltura de seus modos descontraídos.
-Plantei uma árvore a beira de um caminho largo e iluminado por sol escaldante...
Plantei, pois me disse o senhor que assim deveria proceder
que plantando colheria frutos de felicidade em recompensa na eternidade...
Plantei ; reguei e segui radiante!
O Mestre aprovou com um suave movimento de cabeça e olhou em direção ao outro, este por sua vez mostrava-se irredutível como que preparado para defender-se, percebendo, o Mestre insistiu com seu sorriso capaz de derreter o coração mais glacial que houvesse. O discípulo era ousado para encarar o velho sábio nos olhos, este por sua vez não se importava e até admirava-o por isso. O rapaz respondeu, objetivamente, referindo-se ao trabalho de seus irmãos:
-Eu não plantei, mas não descavei sementes e nem polui a terra com erva daninha...
Eu não plantei, mas reguei algumas mudinhas nascidas de semeaduras vãs
cujo lavrador plantou e pelo o mundo saio correndo a largos e radiantes passos...
Descuidados!
Eu não plantei, mas me fiz responsável!
Sem mudar as expressões o velho sábio continuou, e desta vez alegrou-se pela paciência do terceiro discípulo, este era o mais emocional e irracional de todos. Extremo em seus sentimentos e emoções, surpreendera com sua resposta, pois o ato de sua parte exigia menos pressa.
-Eu plantei, pois precisava de sombra onde pudesse descansar o viajante
Plantei, para que todos pudessem dos frutos se alimentar...
Senti a carência da grama macia onde alguém cansado pudesse repousar...
Plantei, para que a paisagem desértica sumisse entre cenário verdejante!
O Mestre respirou profundamente e disse:
- Bom, quero que voltem ao caminho, muito há de ser feito e para que seja escolhido o novo mestre que há de me substituir, os trabalhos serão avaliados individualmente por outros anciões que virão comigo. Vamos esperar. Volto a estar com vocês em sete anos.
Cada um seguiu para suas lidas e o mestre ficou no mesmo lugar por algum tempo mais. Durante a noite, escondido de seus discípulos, o Mestre foi até o caminho onde trabalharam; trazia consigo um frasco contendo liquido fosforescente de cor branca parecendo luz condensada, o sábio homem abriu o recipiente e o despejou por todo o caminho. No mesmo instante, magicamente, todas as sementes ali semeadas nasceram; árvores; flores; tudo cresceu, não demorou e até pássaros ali fizeram morada. Sorrindo, como quem fez traquinagem, o Mestre segue viajem.
No dia seguinte quando acordaram voltaram ao caminho; chegando conturbaram-se... Pois tão grande e bela tornou-se a vida nascida, que todas as demarcações impostas sumiram; e por isso os discípulos passaram a brigar entre si, até o que havia guardado suas sementes queria uma parte de direitos, pois sentia-se responsável, inúmeras vezes havia cuidado do trabalho dos amigos que se mostravam displicentes. E foi assim... Sete anos de guerra que impediram qualquer viajante de desfrutar das belezas do caminho; sete anos de guerra que causou a morte de pássaros, árvores e flores.
Quando menos esperavam, volta o Mestre com mais doze anciões, todos se vestiam iguais ao mestre e eram também vagamente semelhantes em aparência e essência.
Mais que depressa os discípulos prostraram-se, e o Mestre perguntou com voz calma:
-Queixas?
Não fizeram queixas, na verdade estavam mais preocupados em saber se o mestre saberia encontrar as demarcações que se perderam.
Ao ver que não diriam nada, com ares de tristeza o mestre continuou:
- Bom, quero que voltem ao caminho, muito há de ser feito e para que seja escolhido o novo mestre que há de me substituir, os trabalhos serão avaliados individualmente por outros anciões que virão comigo. Vamos esperar. Volto a estar com vocês em sete anos.
Cada um seguiu para suas lidas e o mestre ficou no mesmo lugar por algum tempo mais. Durante a noite, escondido de seus discípulos, o Mestre foi até o caminho onde trabalharam; trazia consigo um frasco contendo liquido fosforescente de cor branca parecendo luz condensada, o sábio homem abriu o recipiente e o despejou por todo o caminho. No mesmo instante, magicamente, todas as sementes ali semeadas nasceram; árvores; flores; tudo cresceu, não demorou e até pássaros ali fizeram morada. Sorrindo, como quem fez traquinagem, o Mestre segue viajem.
No dia seguinte quando acordaram voltaram ao caminho; chegando conturbaram-se... Pois tão grande e bela tornou-se a vida nascida, que todas as demarcações impostas sumiram; e por isso os discípulos passaram a brigar entre si, até o que havia guardado suas sementes queria uma parte de direitos, pois sentia-se responsável, inúmeras vezes havia cuidado do trabalho dos amigos que se mostravam displicentes. E foi assim... Sete anos de guerra que impediram qualquer viajante de desfrutar das belezas do caminho; sete anos de guerra que causou a morte de pássaros, árvores e flores.
Quando menos esperavam, volta o Mestre com mais doze anciões, todos se vestiam iguais ao mestre e eram também vagamente semelhantes em aparência e essência.
Mais que depressa os discípulos prostraram-se, e o Mestre perguntou com voz calma:
-Queixas?
Não fizeram queixas, na verdade estavam mais preocupados em saber se o mestre saberia encontrar as demarcações que se perderam.
Ao ver que não diriam nada, com ares de tristeza o mestre continuou:
- Digo que, nenhum de meus aprendizes serão mestres
Trabalharam cada qual pelo o que convinha...
Esqueceram-se que: A paz nasce em plantar e não em colher...
O que deveria ser feito em igualdade foi dividido pela vaidade!
Pobres filhos!
A natureza dos atos une-se no amor de uma única expressão
As raízes de uma flor não respeitam a fronteira imposta por quem plantou
O reconhecimento final é da criação!
Olhem... O que resta de vossos trabalhos?
Galhos quebrados, choro e marcas de guerra por todo lado
e meia dúzia de sementes ressequidas na mão!
Moral da Historia: Que cada um encontre aqui a moral que melhor lhe couber...