A VELHA ÁRVORE
Lá naquele bosque distante, quase à beira de uma ravina, postavam duas grandes e frondosas árvores, mais do que centenárias.
Uma delas estava doente, suas folhas caindo dia a dia, sua seiva em seus lenhos, ela sentia, já fluía mais lentamente. Aos golpes dos ventos mais fortes, por bondade - dela desviavam -, por saberem da fraqueza de suas raízes.
Estava a velha árvore para morrer. A Mãe Natureza a visitava e, para alegrar-lhe um pouco o restante de seus dias, povoava seu ressonar entrecortado, dos mais belos sonhos como lenitivo aos seus últimos dias.
Punha-lhe nas visões, os pássaros cantando e se aninhando em seus galhos frondosos e coberto de folhas.
Milhares de gerações de pássaros, nasceram em seus braços vegetais e, agora todos em coro cantavam-lhe odes e elegias que a entretiam e faziam-na divagar. Lembrou de sua infância, e das árvores - que há muito já foram enfeitar o Éden - e elas lhe contaram que um esquilo foi o autor de sua vida, ao enterrar a semente de sua mãe. Sendo assim, nasceu e cresceu, ali à beira da ravina, tão igualmente outras suas irmãs.
Quase ao seu lado vivia outra; sua amiga e companheira, da mesma idade e espécie que ela. Esta estava saudável, e todos os dias começou a chorar, por não mais conter sua tristeza:
- Adeus minha grande e fiel amiga. Há mais de século fazemos companhia uma à outra, nas tempestades, nos rigorosos invernos e nas longas estiagens. Sempre foi uma amiga fiel, alentando-me e me fazendo lembrar de nosso Criador: - "Ele não nos dá as cargas de acordo com nossas forças, mas forças para suportarmos as nossas cargas ", você me disse querida amiga!
E bastante enfraquecida, a ponto de não ver o novo amanhecer, toda a natureza ao redor silenciou para ouvi-la:
- Amigas e amigos, devemos ser gratos ao Senhor de nossas vidas por ter nos dado a suprema glória de podermos ter convivido todo esse tempo juntos. Não esqueçamos disso, ficando enganados por lágrimas de ausência, que não revelam a Grande Verdade.
O amor e a amizade que se irmanam se eternizam e não há força que os desfaça por serem os sentimentos mais puros e nobres aprovados por Deus nos Céus e na Terra.
Como pode algo Dele se acabar?
E com voz mais baixa, mais suave e solene continuou: - Amai-vos uns aos outros, em puro amor e sublime amizade e estareis tornando-vos magicamente sábios, porque é o caminho da melhora pessoal e quanto melhores fores em tudo, mais sábios sereis. Surge então daí o Grande Círculo de claridade que já agora estais começando a ver.
E volta-se a todos e pronuncia suavemente:
- Senhor, Criador dos Céus e da Terra, do Universo e de todas as criaturas viventes pelo colo da Mãe Natureza, ensina-nos a não lamentarmos somente as perdas mas agradecermos sobretudo, a suprema glória de ter nos dado os amigos, o amor, o verdadeiro entendimento e sentido deste afeto; o amor e a sabedoria que jamais se separem!
Após, pouco a pouco suas folhas restantes foram murchando e de sua copa todos os animais sentiam que o amor alimentava a sabedoria, a sabedoria alimentava o amor e foi se formando um círculo de intensa claridade, no centro do qual surgiam imagens dos que se amam se abraçando e estes abraçando os sábios.
Tudo se diluiu em milhares de brilhos, de luzes, como se fossem milhões de pirilampos que em evolução deixaram um brilhante listel:
"Quem conhece o amor pratica o perdão de coração, embora saiba que deles, nem sempre receberá a mesma correspondência."
Nós da espécie das árvores, damos fruto e alimentamos a quem tem fome, matamos sua sede com o suco de nossos frutos, perfumamos com nossas flores, damos o pólem às nossas irmãzinhas abelhas, que fabricam o mel que alimenta e cura os males do corpo. Fornecemos além de tudo a sombra para descanso do viajante cansado, despoluimos o ar, nossas raízes afirmam as encostas, para não soterrarem as casas dos homens.
E o que eles nos fazem? Levamos séculos para crescermos até esse ponto, e em três a cinco minutos suas moto-serras nos põe abaixo!
E, com estas derradeira palavras, sob o choro de todos, a velha árvore se calou, todas suas folhas caíram só ficando um grande esqueleto, triste silhueta contra o sol poente, Os esquilos subiam e desciam por seu tronco e galhos tentando reanimá-la, os pássaros cantavam fortes em coro para acordá-la, os felinos arranhavam seu velho tronco...Nada! A grande e frondosa árvore morreu!
Lá naquele bosque distante, quase à beira de uma ravina, postavam duas grandes e frondosas árvores, mais do que centenárias.
Uma delas estava doente, suas folhas caindo dia a dia, sua seiva em seus lenhos, ela sentia, já fluía mais lentamente. Aos golpes dos ventos mais fortes, por bondade - dela desviavam -, por saberem da fraqueza de suas raízes.
Estava a velha árvore para morrer. A Mãe Natureza a visitava e, para alegrar-lhe um pouco o restante de seus dias, povoava seu ressonar entrecortado, dos mais belos sonhos como lenitivo aos seus últimos dias.
Punha-lhe nas visões, os pássaros cantando e se aninhando em seus galhos frondosos e coberto de folhas.
Milhares de gerações de pássaros, nasceram em seus braços vegetais e, agora todos em coro cantavam-lhe odes e elegias que a entretiam e faziam-na divagar. Lembrou de sua infância, e das árvores - que há muito já foram enfeitar o Éden - e elas lhe contaram que um esquilo foi o autor de sua vida, ao enterrar a semente de sua mãe. Sendo assim, nasceu e cresceu, ali à beira da ravina, tão igualmente outras suas irmãs.
Quase ao seu lado vivia outra; sua amiga e companheira, da mesma idade e espécie que ela. Esta estava saudável, e todos os dias começou a chorar, por não mais conter sua tristeza:
- Adeus minha grande e fiel amiga. Há mais de século fazemos companhia uma à outra, nas tempestades, nos rigorosos invernos e nas longas estiagens. Sempre foi uma amiga fiel, alentando-me e me fazendo lembrar de nosso Criador: - "Ele não nos dá as cargas de acordo com nossas forças, mas forças para suportarmos as nossas cargas ", você me disse querida amiga!
E bastante enfraquecida, a ponto de não ver o novo amanhecer, toda a natureza ao redor silenciou para ouvi-la:
- Amigas e amigos, devemos ser gratos ao Senhor de nossas vidas por ter nos dado a suprema glória de podermos ter convivido todo esse tempo juntos. Não esqueçamos disso, ficando enganados por lágrimas de ausência, que não revelam a Grande Verdade.
O amor e a amizade que se irmanam se eternizam e não há força que os desfaça por serem os sentimentos mais puros e nobres aprovados por Deus nos Céus e na Terra.
Como pode algo Dele se acabar?
E com voz mais baixa, mais suave e solene continuou: - Amai-vos uns aos outros, em puro amor e sublime amizade e estareis tornando-vos magicamente sábios, porque é o caminho da melhora pessoal e quanto melhores fores em tudo, mais sábios sereis. Surge então daí o Grande Círculo de claridade que já agora estais começando a ver.
E volta-se a todos e pronuncia suavemente:
- Senhor, Criador dos Céus e da Terra, do Universo e de todas as criaturas viventes pelo colo da Mãe Natureza, ensina-nos a não lamentarmos somente as perdas mas agradecermos sobretudo, a suprema glória de ter nos dado os amigos, o amor, o verdadeiro entendimento e sentido deste afeto; o amor e a sabedoria que jamais se separem!
Após, pouco a pouco suas folhas restantes foram murchando e de sua copa todos os animais sentiam que o amor alimentava a sabedoria, a sabedoria alimentava o amor e foi se formando um círculo de intensa claridade, no centro do qual surgiam imagens dos que se amam se abraçando e estes abraçando os sábios.
Tudo se diluiu em milhares de brilhos, de luzes, como se fossem milhões de pirilampos que em evolução deixaram um brilhante listel:
"Quem conhece o amor pratica o perdão de coração, embora saiba que deles, nem sempre receberá a mesma correspondência."
Nós da espécie das árvores, damos fruto e alimentamos a quem tem fome, matamos sua sede com o suco de nossos frutos, perfumamos com nossas flores, damos o pólem às nossas irmãzinhas abelhas, que fabricam o mel que alimenta e cura os males do corpo. Fornecemos além de tudo a sombra para descanso do viajante cansado, despoluimos o ar, nossas raízes afirmam as encostas, para não soterrarem as casas dos homens.
E o que eles nos fazem? Levamos séculos para crescermos até esse ponto, e em três a cinco minutos suas moto-serras nos põe abaixo!
E, com estas derradeira palavras, sob o choro de todos, a velha árvore se calou, todas suas folhas caíram só ficando um grande esqueleto, triste silhueta contra o sol poente, Os esquilos subiam e desciam por seu tronco e galhos tentando reanimá-la, os pássaros cantavam fortes em coro para acordá-la, os felinos arranhavam seu velho tronco...Nada! A grande e frondosa árvore morreu!