Gata descalça e o velho gato de botas.
A gata vivia numa mata próxima a cidade por opção.
Cansara de comer ração e de viver amarrada por um lindo cordão,numa casinha toda fofa dentro de casa e nem podia ir até o portão.
Tivera filhotes lindos que foram vendidos,ou doados,chorava de saudades as vezes,mais ninguém ligava não,pensavam que tinha fome...e lá vinha ração.
Um dia numa distração,por motivos de comemoração,uma criança soltou a coleira chique e a gata correu... pulou o portão.
Sem pensar,nem olhar pra trás entrou na carroceria de um caminhão.
Horas viajou sem saber qual era a direção.
Numa parada de alimentação,desceu sorrateira,não foi vista não.
Uma mata imensa avistou e um gato de botas miava alto chamando sua atenção.
Acolhida por ele num tubo de cimento esquecido,a ensinou caçar,se virar no mato em liberdade,nem saudades sentiu da ração.
Passaram os anos,eles ali, na solitária mata era só alegria e conversação "miação".
O gato que usava botas,mesmo sem ser opção,tinham lhe colado plástico,por pura judiação...já velhinho e doente,caçar ,sem condição.
Gata descalça como ele chamava,cuidou dele com amor e dedicação.
Quando ele a deixou sozinha...gata descalça chorou de emoção,amava aquele amigo,de todo o coração.
Ficou perto dele dias...,não o queria deixar não.
Uma manhã ouviu miados,encontrou cheia de filhotes,uma caixa de papelão.
Carregou um a um prum tubo ao lado do antigo lar,cheios de folhas secas,dos gatinhos começou a cuidar...Sem rimar o final da estória...criou os, como gostaria de ter feito com os seus.
E ao gato de botas,vizinho ao lado,eterna gratidão teria,por ajudá la a realizar seus sonhos, a ser forte,ousar ser livre,ser seu amigo...com carinho e respeito,dedicação.
Que só amigos verdadeiros sem cobranças são.
O verdadeiro amor é o respeito sem prisão.