O PORQUÊ DA INIMIZADE DO GATO, RATO E CACHORRO
       
(Uma homenagem para as  poetas/trovadoras Hull de La Fuente e Milla Pereira)
 

Não é do meu pensamento
A história que vou contar
É fruto do sismamento
De uma jovem escolar
Que cresceu sem entender
E até hoje ignora
Por que brigam Tom, Jerry e Bud
Que a “gringahada” explora
 
Se a história não é minha
Direi de onde a puxei
Pois não fica bem para um escritor
Dizer que a inventou
Feito dono e senhor
Das palavras de outro autor
 
Conta Câmara Cascudo
Nosso recolhedor de folclore
(E aqui entro eu na história)
Que gato, rato e cachorro não se entendem
Desde o dia da alforria
Concedida pelo Nosso Senhor
Aos bichos da freguesia
 
Antigamente viviam em harmonia
Cachorro, ovelha e gato
Pinto, onça e timbu
Raposa, macaco e rato
Tendo  o leão como rei e guru
De toda fauna que existia
 
Para cumprir as ordens do Senhor
E da liberdade de ir e vir
Os bichos fossem sabedor
Incumbiu o rei leão aos mais ligeiros
A entrega da carta de alforria
Com endereço certeiro
 
E lá se foi o gato
Prá lá de ligeiro
Na condição de carteiro
Entregar a alforria
Ao camarada cachorro
Para sua contenteza  e alegria
 
No caminho estava o rato
Entretido estava ele
Bebendo mel  de abelhas
Quando viu passar o gato
Camarada gato! Para onde vai nessa desadoro?
Vou entregar esta carta ao camarada cachorro!
 
Partindo do camarada rato
O descanse e beba esse melzinho gostoso
Foi aceito de bom grado pelo camarada gato
Que lambeu o mel, enfarou-se e dormiu
Para mais tarde se dar conta
Da carta que o rato destruiu
 
Como isto aconteceu é fácil de explicar
Enquanto o gato dormia
Roeu-lhe a carta o rato
Que do cachorro seria
Depois de feito a desgraça
Jogou tudo na broaca para se esconder no mato
 
O gato sem disso se aperceber
Em busca do cachorro partiu
Para cumprir a missão
Que o rei leão lhe incumbiu
E que por culpa do rato
Acabou em desacato
 
De posse daquele papel esbagaçado e ruído
Como provar ao homem a sua alforria
Que era um bicho-livre?
Assim, o cachorro tornou-se inimigo do gato
Que por sua vez correu atrás do rato
E tornaram-se inimigos para sempre.

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A Hull completa a história para a alegria nossa, vamos aguardar que a Milla fique curada e receba tambem a nossa homenagem. Obrigada minha amiguinha desde a infância.

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O gatinho deu bobeira
ao cumprir sua missão
lambeu mel, ai que besteira
no sono caiu então.
E dom Rato Roedor,
além de provocador
fugiu, não era bobo não.
O cachorro ao receber a alforria roída
quedou-se sem entender,
e partiu para a mordida
pobre gato irresponsável
por um rato miserável
quase que perdeu avida.
E o final desta história
da carta de alforria
é que o cinema em memória
os relembra com alegria.
Os três vivem a brigar
mas nunca vão se matar
esta é a  filosofia.
             
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Meriam, que entende de gatos deixou o seu recado:

De cachorro não entendo,
 de rato fujo de medo,
só aos gatos compreendo
do ronronar o segredo.

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Milla, também comparece e conta lá sua história

Da história me desvio.
Darcy, a minha vizinha,
possui um gato no cio.
Uma cadela assanhada
um rato no pé da escada
que até me dá calafrio!
Os três convivem sem medo
sem lutas e sem conflito.
Deles não sei o segredo,
mas nunca ouvi um grito.
Eu não sei o que ela faz,
pra que convivam em paz
mas eu acho esquisito.
Tua fábula é gostosa
criativa e bem rimada.
Narraste, em verso e prosa,
uma história encantada.
Por minha vez, agradeço,
este presente sem preço,
que me ofertaste, amada!

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Pedro Galuchi se faz presente


Em briga de cachorro e gato///
Nisso não me meto não///
Acabo pagando o pato///
Levando um arranhão///
Um que mie, outro que lata///
Se precisar dou empurrão///
E que se rolem pelo chão
 
 
 

 
 
 
 

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 22/02/2013
Reeditado em 06/03/2013
Código do texto: T4153342
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