A Flor e a Bomba

A Bomba encontra-se com a Flor num campo de Batalha, e de improviso, ambas começam a conversar sobre o drama em que ambos se viam envolvidas.A seguir, trechos do diálogo:

Bomba-O que fazes em meio a este fogo cruzado?Não vês que podes ser dilacerada por um de nossos agentes?

Flor-Não.Ainda assim, as sementes que trago dentro de mim se espalhariam.São maiores que as potencialidades da energia atômica, o que vós não possuis.Vocês não a poderia destruir.

Bomba-Pra que serves? Então porque não usas o que tens para conteres os conflitos que se travam em nosso mundo bélico?

Flor-Por que os vossos detentores ainda não aprenderam a ouvir a voz da natureza nem do seu Criador.Ainda assim, sobrevivemos aos vossos desatinos.

Bomba-Como assim?Fomos criadas para apagar as tensões humanas com nosso poder de fogo e por fim as suas guerras.

Flor-Daí reside a vossa contradição.Trazes destruição em nome da vida.A guerra em nome da paz,.Mais nunca satisfazes em teus objetivos famigerados, pois para isso fostes criado.

Bomba-Porque nem sempre nossos detentores se entendem, e quando suas tensões chegam ao clímax,competimos entre nós para apagar os seus desafetos com poder de fogo e já isso mostra o porque somos superiores a vós outros.

Flor-Em nossa fragilidade reside a nossa força, pois temos o corolário da Paz.

Bomba-Mais onde está ele?

Flor-É necessário ter ouvidos e ouvir a natureza

Bomba-Nunca teríamos tempo para "ouvir" nada, pois estamos sempre noa aperfeiçoando, nos preparando para eventuais conquistas, que atendam as demandas humanas.

Flor-Como eles poderão conquistar o mundo se ainda não são capazes ao menos de conquistarem a si própios?

Bomba-Pergunte a eles D.Flor.Não temos mais tempo para dialogar,pois fomos acionadas para muitos embates hoje, e isso para pouco tempo.

Flor -Dissestes bem, enquanto atuas na efemeridade de um tempo,nós agimos na perenidade dele, e isso, enquanto em nosso jardim, formos cultivadas pelos seus filhos...

.....E assim,enquanto a Bomba prosseguia em seus instintos destrutivos,a Flor, serenamente, aguardava o momento de semear a Paz aos sobreviventes.

ELIAS OLIVEIRA
Enviado por ELIAS OLIVEIRA em 18/01/2013
Reeditado em 19/01/2013
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