A PERERECA E O MORCEGO.
Esopo, o famoso escritor grego que gostava de pregar moral em forma de fábulas protagonizadas por animais, contou que um morcego e uma perereca, que não gostavam da forma como o Criador os havia feito, imploraram a ele que os transformasse em pessoas. E mais que isso, pediram que o Criador os transformasse num rapaz e numa moça, profundamente apaixonados um pelo outro. Foram tantos os pedidos, tão sinceros, tão sentidos, que o Criador condescendeu. Afinal, morcegos e pererecas são inimigos naturais e quando se encontram, normalmente a perereca acaba no bucho do morcego. Assim, pensou o Criador, talvez fosse bom, só por experiência, que pelo menos uma vez eles se amassem em vez de um matar o outro.
Transformados em dois jovens de grande beleza, o morcego e a perereca decidiram ir a um motel para sua primeira noite de amor como um casal de apaixonados. (Este é um acréscimo meu). Mas eis que no melhor do lance, uma mosca entra no quarto e fica zoando em cima dos dois. A garota, imediatamente, estica a enorme língua e abocanha a bichinha como se fosse um aspirador chupando um grão de poeira. Eis que o encanto se dissipa e ela se torna novamente uma perereca. E o rapaz, transmutado novamente em morcego, salta em cima dela e devora-a imediatamente. Pela manhã, a camareira que arrumava os quartos só encontrou os restos da perereca em cima da cama e quase desmaiou quando viu um morcego bem gordinho que voejava em volta do quarto procurando uma saída.
Há várias lições de moral nesta estória. A primeira é que a gente precisa se conformar com aquilo que a natureza nos dá. A segunda é não devemos ficar desejando ser o que não somos. A terceira é que precisamos aprender a escolher com sabedoria os nossos parceiros. A quarta é que não importa o quanto disfarcemos o que somos, a nossa natureza sempre nos denunciará. Acrescento: não podemos mudar a nossa natureza; mas é possível nos tornarmos melhores sem precisar renunciar á nossa própria personalidade.
A PERERECA E O MORCEGO
Esopo, o famoso escritor grego que gostava de pregar moral em forma de fábulas protagonizadas por animais, contou que um morcego e uma perereca, que não gostavam da forma como o Criador os havia feito, imploraram a ele que os transformasse em pessoas. E mais que isso, pediram que o Criador os transformasse num rapaz e numa moça, profundamente apaixonados um pelo outro. Foram tantos os pedidos, tão sinceros, tão sentidos, que o Criador condescendeu. Afinal, morcegos e pererecas são inimigos naturais e quando se encontram, normalmente a perereca acaba no bucho do morcego. Assim, pensou o Criador, talvez fosse bom, só por experiência, que pelo menos uma vez eles se amassem em vez de um matar o outro.
Transformados em dois jovens de grande beleza, o morcego e a perereca decidiram ir a um motel para sua primeira noite de amor como um casal de apaixonados. (Este é um acréscimo meu). Mas eis que no melhor do lance, uma mosca entra no quarto e fica zoando em cima dos dois. A garota, imediatamente, estica a enorme língua e abocanha a bichinha como se fosse um aspirador chupando um grão de poeira. Eis que o encanto se dissipa e ela se torna novamente uma perereca. E o rapaz, transmutado novamente em morcego, salta em cima dela e devora-a imediatamente. Pela manhã, a camareira que arrumava os quartos só encontrou os restos da perereca em cima da cama e quase desmaiou quando viu um morcego bem gordinho que voejava em volta do quarto procurando uma saída.
Há várias lições de moral nesta estória. A primeira é que a gente precisa se conformar com aquilo que a natureza nos dá. A segunda é não devemos ficar desejando ser o que não somos. A terceira é que precisamos aprender a escolher com sabedoria os nossos parceiros. A quarta é que não importa o quanto disfarcemos o que somos, a nossa natureza sempre nos denunciará. Acrescento: não podemos mudar a nossa natureza; mas é possível nos tornarmos melhores sem precisar renunciar á nossa própria personalidade.
A PERERECA E O MORCEGO